A companhia aérea Webjet já tem data definida para acabar. De acordo com informações, a Gol planeja que o último voo da empresa seja em Julho de 2013. Porém, o cronograma previsto está condicionado à aprovação pelo CADE da operação de compra da Verdinha pela Gol.
A transação seria julgada na semana passada, mas foi retirada da pauta do órgão em cima da hora. A expectativa é que o julgamento ocorra na próxima quarta-feira (10).
Caso a transação seja aprovada, o Rio de Janeiro perderá a única companhia aérea que possui sua base operacional na cidade (A Team suspendeu suas atividades há algum tempo). Tam, Gol, Avianca e a Azul/Trip mantêm suas bases no estado de São Paulo, enquanto a base da Webjet fica no Aeroporto Internacional do Galeão.
Essa programação está relacionada com a renovação da frota da companhia. A empresa está gradualmente substituindo desde o fim do ano passado seus Boeing 737-300, de 148 lugares e com média de 20 anos de idade, por modelos maiores e novos, os Boeing 737-800, que comportam 184 passageiros.
Se a ideia for aprovada pelo órgão, a previsão é que a Gol absorva a frota renovada em suas operações e acabe com a marca Webjet. A companhia tem uma frota de 27 aeronaves e atende 17 destinos no Brasil.
A ANAC afirmou que as duas empresas também precisam de seu aval para poder finalmente unir suas operações, o que ainda não foi pedido. Por enquanto, a agência autorizou apenas a integração administrativa das duas companhias.
Quanto aos funcionários, a intenção é que a Gol os incorpore à sua folha de pagamento, mas ainda não está certo se haverá demissões. Porém, alguns deles, especialmente os que desempenham funções administrativas, se adiantaram ao processo e já estão esvaziando as gavetas, para não sair com uma mão na frente e a outra atrás.
Enquanto aguardam o julgamento do Cade, Gol e Webjet estão operando de maneira independente, conforme estabelecido no Acordo de Preservação de Reversibilidade de Operação (APRO), celebrado entre as partes em outubro do ano passado. A medida visa a garantir que a compra possa ser revertida se o negócio for reprovado pelo Cade.
As duas empresas, no entanto, podem compartilhar voos, desde que não implique redução da capacidade de oferta da Webjet. A preocupação do órgão é com rotas como Guarulhos-Porto Alegre, em que juntas as aéreas têm mais de 40% do transporte de passageiros.
Por Antonio Ribeiro
Imagem: Renato Serra Fonseca/JetPhotos.Net
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