Gol planeja usar apenas biocombustível no futuro

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Após ter  realizado um voo experimental para testar um biocombustível no dia 19 desse mês, a Gol calcula que em um futuro próximo, 20 anos, todos os seus voos no país serão movidos a biocombustíveis, de acordo com o vice-presidente técnico operacional da Gol, Adalberto Bogsan. Mas o diretor também calcula que, provavelmente, será necessário um período de cinco a dez anos para que a operação seja viável em escala comercial no Brasil.

O biocombustível testado no voo experimental em questão tem como base uma mistura de óleo de milho não comestível, proveniente da produção de etanol de milho e de óleos e gorduras residuais, combinado com querosene de aviação, na proporção mínima de 50%. Bogsan disse que o próximo passo é usar esse produto em escala comercial. Apesar da composição do combustível usado no voo dessa semana ter sido estabelecida, ainda não se sabe se a mesma fórmula permanecerá ao passar dos anos ou se ela será aperfeiçoada para se tornar mais viável em algum sentido, econômico ou comercial

“Precisamos aumentar o volume de biofuel (biocombustível), porque assim conseguiremos ter uma escala maior de produção, podendo usá-lo em uma linha comercial normal”, disse o executivo à Agência Estado, após participar de entrevista coletiva no aeroporto Santos Dumont, no Rio. Para viabilizar a produção em grande quantidade e a utilização dos biocombustíveis em escala comercial, Bogsan disse que são necessárias políticas públicas para o setor. Segundo ele, o uso comercial depende da equiparação do biocombustível aos combustíveis tradicionais por parte da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).  

“Dependemos muito do governo para incentivar a produção e dar apoio às iniciativas privadas para que consigamos atingir as metas”, afirmou. O executivo acrescentou que a concessão de incentivos tributários num primeiro momento “seria o melhor dos mundos“. Também nesta terça-feira a Azul fez um voo experimental entre Campinas e o Rio utilizando biocombustível, desenvolvido pela Amyris a partir da cana-de-açúcar.

Por Antonio Ribeiro
Revisão: Athos Gabriel 

Renato Cobel
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