“A infelicidade tem a sua melhor definição na diferença
entre as nossas capacidades e as nossas expectativas.”
Oscar Lima Alfa, meus amigos! Hoje o assunto é alinhamento de expectativas.
Quando eu ia começar o meu PC, achei que seria surpreendida por um treinamento cheio de autorrotações, manobras radicais e acrobáticas. Pensei que iríamos fazer altas missões diferentes e que viraria praticamente um Top Gun das asas rotativas.
Depois percebi que essa expectativa era comum à grande parte dos pilotos nesta fase da formação. E mais, a maioria deles acreditava que estaria super à vontade com a aeronave. Eles achavam que se sentiriam muito mais seguros durante o voo, mas essa ideia é logo desconstruída por meio do choque de realidade que tomamos.
Realmente, algumas manobras que estão no nosso programa de treinamento do curso de Piloto Comercial exigirão um pouco mais de habilidade da nossa parte. Mas, como eu sempre digo, é muito mais do que pé e mão daqui por diante, piloto.
Mas aí vem a pergunta do PP que acabou de checar… “E agora, como será no PC?” E eu respondo para você, Criatura Piloto, que o PC serve para afinar o que você aprendeu no PP e ter mais precisão nos parâmetros de voo, que se traduz pelo famoso “cravar os instrumentos”, exaustivamente repetido por todo INVH que se preze. Deveremos agregar, ainda, a criação de uma boa cultura aeronáutica, ampliando a visão sobre a atividade e o espaço aéreo, desenvolvendo uma satisfatória atitude e capacidade de decisão, segurança de voo e consciência situacional.
O que não paramos para pensar é que, na grande maioria das vezes, o nosso curso é realizado em uma Escola de Aviação Civil, e isso quer dizer que a instituição é responsável pela sua formação e padronização enquanto piloto. Você pode até querer algum treinamento mais específico, focado em emergências ou manobras diferenciadas, mas este tipo de curso é comumente oferecido por Centros de Treinamento e demais escolas especializadas nestas atividades. Uma Escola de Aviação não o tornará uma espécie de “ases indomáveis” – pelo menos não deverá ser essa a missão da instituição. Ela o tornará um piloto o mais próximo possível do padrão, obviamente, cada uma dentro de sua doutrina, cultura e limites.
E como relembrar é viver, mesmo não fazendo parte do fantástico mundo das asas rotativas especificamente, a mídia de hoje nos levará direto ao túnel do tempo. O mais engraçado é que, assistindo depois de ser piloto, você muda um pouco os seus conceitos… Para os novinhos, estamos aqui em meados da década de 80 e, tanto o tema do filme como sua trilha sonora, marcaram aquela época. Enjoy it!
Livre Pouso, pro corte, boa!
Helena Gagine