Londres 2012: RAF poderá abater aviões suspeitos

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As Olimpíadas de Londres estão chegando, e a Inglaterra anda muito preocupada em relação à segurança do país, já que costuma ser alvo de terroristas. Pois bem, a partir da meia-noite desse sábado (14), a Força Aérea Britânica (RAF) foi autorizada a usar de ‘força letal’ caso haja uma ameaça à segurança das Olimpíadas, e poderá abater aviões que voarem sobre a área restrita.

A informação foi divulgada pelo responsável pela segurança dos jogos nessa sexta-feira (13), e, de acordo com as declarações divulgadas, a restrição abrange cerca de 48 quilômetros sobre Londres e regiões do sudeste da Inglaterra, e a patrulha será feita por caças e helicópteros Eurofighter Thypoon e Sea King, respectivamente, além de baterias antiaéreas. A medida ficará em vigor por um mês.

Porém, a medida será usada apenas em último caso, quando todas as outras opções possíveis se esgotarem, de acordo com o vice-marechal do ar Stuart Atha. O marechal afirmou que a opção ficará a cargo do ‘mais alto nível de governo’. Vale lembrar que alguns cidadãos se sentem ameaçados pela colocação de mísseis em locais públicos.

Aviões comerciais não sofrerão alterações, já que corredores específicos serão implantados no espaço aéreo que será restringido. Esses corredores são semelhantes aos implantados no Rio de Janeiro, durante a Rio+20. Porém, aviões particulares de pequeno porte terão que se submeter a rígidos protocolos de segurança para usar aeroportos da região durante as Olimpíadas.

“Estamos preparados para enfrentar um ambiente de ameaça terrorista grave. Mas isso não quer dizer que sabemos de uma ameaça séria para os jogos”, afirmou um porta-voz do governo britânico.

De acordo com as regras divulgadas pela RAF, um eventual avião suspeito será contactado pelo rádio ao entrar na área restrita. Ele será seguido por uma aeronave militar.

1° – O suspeito então receberá instruções via rádio para deixar a área restrita e será orientado a balançar as asas para demonstrar que entendeu a ordem. 
2° – Se a ação anterior não surtir efeito, a aeronave militar usará sinais de laser e disparará seus flares (sistema de defesa contra mísseis que libera peças de metal incandescente no ar) como advertências. 
3° – Caso a aeronave suspeita ainda assim não colabore, será considerada uma ameaça. A partir daí poderá ser abatida. 

Para reforçar a segurança, o navio de guerra Ocean – tripulado por unidades de fuzileiros navais – será deslocado para o rio Tâmisa. Os terroristas que se cuidem.

Por Antonio Ribeiro

Renato Cobel
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