Não é de hoje que a Gol voa em instabilidade. Depois de anunciar um prejuízo de 710 milhões de reais em seu último balanço e suspender seus voos para Santiago (Chile) a partir de 3 de outubro desse ano, a companhia prepara dar uma nova cartada: Paulo Kakinoff será o novo presidente da companhia.
Constantino de Oliveira Júnior, dono da companhia aérea, deixaria as funções executivas pela primeira vez, exercidas por ele desde o surgimento da companhia.
Ex Presidente – Constantino de Oliveira
Antes de chegar à presidência da Gol, Kakinoff iniciou sua carreira aos 18 anos, como estagiário na Audi, que fabrica carros de luxo. Por 20 anos, trabalhou em várias funções, até assumir a presidência da empresa, em maio de 2009.
Novo Presidente – Paulo Sérgio Kakinoff
Com a intenção de diminuir ainda mais os custos e aumentar a rentabilidade, cerca de 800 funcionários foram demitidos, incluindo pilotos e copilotos. Foram eliminados pelo menos 80 voos diários, que davam um prejuízo estimado em 5 milhões de reais por mês. No primeiro trimestre de 2012, a situação não melhorou: prejuízo de R$ 41,4 milhões.
A solução foi continuar com o aperto – e as mudanças na cúpula. Em abril, 26 cargos de gerência e quatro de diretoria haviam sido cortados. A Webjet devolverá 10 aviões Boeing 737-300, mas outros aviões da GOL serão transferidos para a sua frota, e sendo assim, a frota da GOL será reduzida. Na semana passada, a companhia anunciou ainda que os voos para Santiago, no Chile, também serão suspensos a partir de 3 de outubro.
Com todas essas mudanças bruscas, a Gol está provando que é capaz de ser a companhia líder do mercado, e que está preparada para enfrentar a concorrência da recém criada LATAM. Agora, é esperar para ver como será o futuro da companhia.
Por Antonio Ribeiro
Revisão: Athos Gabriel
