História das Companhias Aéreas – Capítulo 103

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Localizado na América do Norte, o México é uma das maiores economias do mundo, e o maior de todos os países hispanófonos – ou seja, que falam a língua espanhola. Suas origens remontam ao antigo Império Azteca, cujas influências culturais podem ser notadas até hoje. A capital do País, Cidade do México, chamava-se Tenochtitlan até 1521, quando foi rebatizada pelos colonizadores espanhóis. É, inclusive, uma das duas capitais latino-americanas a ter sido fundada por povos ameríndios, ao lado de Quito, no Equador. Foi da Cidade do México que, em 14 de Setembro de 1934, o aviador Julio Zinser decolou a bordo de uma aeronave Stinson SR com destino a Acapulco, o maior balneário Mexicano e principal porto da costa oeste de seu país. Nascia assim a “Aeronaves de México”, que posteriormente daria origem à Aeroméxico dos dias de hoje.

Durante a década de 1940, a Aeronaves de México recebeu suporte financeiro da Pan Am, após esta adquirir 25% da companhia. Aeronaves Douglas DC-3 e DC-4 passaram a integrar a frota da Aeronaves de México. Na década seguinte, juntaram-se à frota algumas unidades do Bristol Britannia, um dos primeiros turbohélices desenvolvidos para o transporte de passageiros. A era dos jatos chegaria em 1961, com a aquisição de aeronaves Douglas DC-8. Na década de 1970, viriam as aeronaves Douglas DC-10-30, das quais a Aeroméxico foi uma das primeiras operadoras. A aquisição destas últimas aeronaves fazia parte dos novos planos diretivos da empresa, então recém-estatizada.

Na década de 1980, a Aeroméxico enfrentou severas dificuldades causadas, entre outros motivos, por uma frota que carecia de uma renovação urgente, e de falhas em sua gestão estatal. A companhia chegou a declarar falência em 1988, passando por um período de três meses sem voar, vindo por fim a submeter-se a um processo de privatização. Por esse motivo, muitos consideram como 1988 o ano de fundação da atual Aeroméxico.

A Aeroméxico seguiu em franco crescimento ao longo das décadas seguintes, mesmo precisando atravessar cenários de grande criticidade. A crise causada pela Guerra do Golfo, no início da década de 1990, e os atentados de 11 de Setembro de 2001, estão entre os eventos que mais trouxeram desafios à sua gestão. No início do século XXI, um ambicioso programa de renovação de frota resultou na aquisição de aeronaves Boeing, modelos 737-700, 767-300 e 777-200ER. Estas novas aeronaves permitiram à Aeroméxico iniciar voos da Cidade do México para Tokyo, com escalas em Tihuana. Com isso, a companhia tornou-se a terceira da América Latina a operar voos regulares para a Ásia, juntamente às brasileiras Varig e Vasp.

Atualmente, a Aeromexico conta com uma frota de 67 aeronaves, atendendo a destinos em todas as Américas, no Caribe, na Europa e na Ásia. É também membro fundadora da Aliança Aérea SkyTeam, ao lado da Air France, da Delta Air Lines e da Korean Air.

Luiz Cláudio Ribeirinho
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