Nessa quinta-feira (17), a ABEAR afirmou que espera um crescimento de 9 a 9,5% na demanda do setor aéreo brasileiro em 2013. Porém, essa cifra depende do desempenho da economia nacional:
“Se nós ficamos com 7 (por cento de crescimento em 2012), imagino que a gente pode chegar a 9 ou 9,5%, sempre condicionado ao crescimento do PIB”, disse Eduardo Sanovicz, presidente da ABEAR, em coletiva de imprensa nesta quinta-feira.
Eduardo ainda ratificou que a expectativa é de um crescimento de 3% do PIB do país.
Em 2012, a demanda cresceu 7,14% comparando com 2011, sendo que, em Dezembro, a demanda cresceu 7,1% comparando com Novembro de 2012. Por outro lado, a oferta de assentos teve uma alta de 3,12% em 2012 e de 5,1% em Dezembro, comparando com Novembro.
Já separando por companhias, a Azul teve alta de 15,95%, sendo que a TAM registrou um aumento de 6,64%. Já a Gol, em processo de enxugamento de custos e rotas, sofreu uma queda de 0,14% no período.
O presidente da associação acredita que Gol e TAM devem seguir ajustando a oferta neste ano, enquanto Azul e Trip, em processo de fusão, tendem a ampliar, assim como a Avianca, que registra aumento na frota.
A ABEAR ainda divulgou que a taxa de ocupação das empresas associadas ficou em 72,96% em 2012, com 75 milhões de passageiros embarcados: “Esses 75 milhões é algo em torno de 0,45 viagem por ano, por habitante, o que indica uma penetração ainda muito baixa do mercado aéreo brasileiro”.
“Em países com dimensões comparáveis às do Brasil, como Canadá, Estados Unidos e Austrália costumam ter em torno de 2 a 2,5 (viagens por habitante). Ainda tem muito para o transporte aéreo crescer no Brasil”, disse Adalberto Febeliano, consultor técnico na associação.
As perspectivas são de um aumento na demanda e na oferta de algumas empresas, mas os custos deverão continuar pressionando as companhias em 2013:
“O custo de combustível seguirá sendo em 2013 o ponto principal da nossa agenda de debates com o governo, considerando que a Petrobras é o maior fornecedor. Seguiremos colocando nossa demanda no sentido de construir um outro processo de precificação”, afirmou Sanovicz.
Conforme o executivo, a associação já se reuniu com a ANAC para discutir o preço do combustível, sendo que o próximo passo prevê uma reunião com representantes do Ministério da Fazenda.
“Nós precisaríamos ter uma conversa mais próxima com a Fazenda. Essa conversa está solicitada por nós e imaginamos que até o carnaval, nós vamos ter essa conversa”.
Por Antonio Ribeiro
Imagem: Copa 2014