A previsão de movimento no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), deverá ser de 14 milhões de pessoas/ano até 2014. E a Aeroportos Brasil, que deverá assumir o aeroporto em Dezembro, ainda que sob supervisão da INFRAERO, avalia a possibilidade de adquirir um equipamento conhecido como recovery kit ,adequado para remoção de aviões de grande porte quebrados da pista do terminal, como o MD-11 N988AR da Centurion Cargo.
O recovery kit é um conjunto de ferramentas usado na retirada de aeronaves de grande porte. Seu valor é de aproximadamente R$ 2 milhões, e pesa 25 toneladas. O kit é composto por colchões de ar, macacos hidráulicos, compressores e cintas com aço capazes de levantar até 200 toneladas.
O Código Brasileiro de Aeronáutica afirma que, se por algum problema, uma aeronave bloquear a pista, é a empresa aérea que tem que fazer a retirada da aeronave. Se a companhia não apresentar recursos técnicos ou se não providenciar a retirada rapidamente o código diz que é a operadora do aeroporto que tem que fazer a remoção.
No Aeroporto Internacional de Viracopos (SP), a INFRAERO é a responsável pela operação, mas a estatal não tem nenhum equipamento de retirada de aviões de grande porte.
A Centurion precisou alugar o equipamento da Tam para poder remover a aeronave, já que a empresa não possuía nenhum. Apesar disso, a necessidade é de que todos os aeroportos de grande porte tenham um kit parecido, já que ocorrências assim sempre são imprevistas.
Por Antonio Ribeiro
Imagem: Lana Torres