Na noite dessa sexta-feira (26), uma aeronave Airbus A320 da Tam, que cumpria um voo com origem do Aeroporto de Aracaju (SE) e tinha como destino o Aeroporto internacional de Guarulhos (SP), precisou ser interceptado por um caça Northrop F-5EM da Aeronáutica.
De acordo com algumas informações, o voo mudou a rota programada, e ficou quase 50 minutos sem estabelecer contato com o APP ou com o ACC. Por desconfiar de que fosse um sequestro, a Fab ordenou que um caça partisse da Base Aérea de Santa Cruz (RJ) e interceptasse a aeronave, mas sem que os passageiros ou o piloto do Airbus soubessem.
No fim, o voo chegou sem atraso ao Aeroporto de Guarulhos, e apenas alterou os waypoints da rota prevista originalmente no plano de voo. Oficialmente a operação foi descrita pela FAB como procedimento de socorro em voo.
A assessoria de imprensa da Tam confirmou a falha na comunicação e afirmou que em nenhum momento houve risco à segurança. Informou ainda que a aeronave esteve todo o tempo identificada nas telas dos radares de Vigilância do Sistema Aéreo, voando em uma rota prevista nas cartas de navegação.
Sequestros de aeronaves comerciais já foram frequentes no passado, principalmente no período entre os anos de 1964 e 1985, durante a Ditadura Militar. Naquela época, a maioria dos sequestros era feito por guerrilheiros comunistas, e sempre tinham como objetivo levar o avião e seus passageiros para Cuba (que já estava isolada do resto do mundo, com exceção para a antiga União Soviética).
Porém, o sequestro que representou maior perigo foi o do voo Vasp 375, operado pelo Boeing 737-300. O sequestrador queria jogar o avião contra o palácio do Planalto no dia 29 de Setembro de 1989. O sequestrador foi baleado após o avião pousar em Goiânia (GO), mas antes, matou o copiloto da aeronave.
Nessa ocasião, um piloto que viajava como passageiro, o comandante e um comissário foram feridos por tiros, mas sobreviveram.Os outros 105 passageiros não sofreram nenhum ferimento.
Por Antonio Ribeiro
Imagem: Icaro Roberto/JetPhotos.Net
