Autodidata de PPA 03
Texto: Juliana Beliki – Vitrine: Eduardo Godoi
Saudações, senhores aviadores!
Primeiramente, gostaria de agradecer a todos que estão lendo e dando retorno à minha coluna. É muito importante pra mim saber que meus esforços de produção de material para este blog estão sendo bem recebidos e todo feedback será muito bem-vindo. Algumas pessoas me adicionaram no Facebook e se identificaram como leitores do Canal Piloto.
Gostaria que todos fizessem isso, pois sempre aparecem uns desconhecidos adicionando pessoas sem motivo, e eu nunca os aceito. Então aqueles que se identificarem serão com o maior prazer =)
Como vocês estão? Como estão seus estudos? Do teórico, do prático? Hoje eu queria abordar um tema que é importante na vida de qualquer estudante ou profissional: o excesso de confiança na memória.
Quando eu comecei a ler os livros do PP, achei tudo muito fácil. Algumas coisas eu lembrava de ter visto no Ensino Médio; outras eram fáceis de entender. Quando eu chegava a um capítulo com teoria que eu nunca havia visto na vida (como o código METAR), até dava uma travadinha e eu começava a me desesperar, afinal, eu não havia tido dificuldade até então.
Mas, por fim, não era nada que um pouco de calma e releituras (sim, no plural) não resolvessem.
De repente, eu esbarrava em uma palavra que eu já vira e entendera perfeitamente: albedo, por exemplo. Mas o que era mesmo…? Bom, teoricamente, refrescar a memória é muito simples: só voltar algumas páginas, procurar a palavra e reler o significado, correto? Mais ou menos.
Veja bem, se você esqueceu o que era albedo, não pode ter esquecido outros conceitos daquele mesmo capítulo? Esse termo apareceu no meio do caminho e você notou que ele sumiu da sua cabeça, mas e quanto aos termos que também sumiram e com os quais você não deu a sorte de esbarrar de novo?
Amigo, não se engane: a menos que você tenha uma memória de elefante, você VAI esquecer algumas coisas (ou talvez mesmo se tiver, afinal, elefantes não pilotam ;D ). Isso é normal!
Portanto, uma releitura rápida dos capítulos ou das suas anotações de vez em quando deve ser suficiente pra dar aquela refrescadinha básica. É melhor que aparecer a palavra “albedo” na banca da ANAC e você só conseguir lembrar que eu avisei, hahaha.
Quanto à parte prática, eu não tenho domínio pra falar. No entanto, em algum CP cast, os pilotos comentaram do “voo mental”, que eu suponho ser o repasse de procedimentos. Isso também é mega importante, sabe por quê? Um livro, você lê e relê quantas vezes quiser, quando quiser, onde quiser.
Assim, o conhecimento teórico fica mais fácil de ser revisto e costuma estar a fácil alcance. O conhecimento prático já não é assim. Uma aeronave não está à disposição 24/7. Muitas vezes, nem 7… Então, quanto mais você recapitular como deve atuar em comando, menos provável de esquecer depois de ficar tantos dias sem voar.
Eu não quero incentivar ninguém a não confiar em si, pelo contrário. A verdade é que, quanto mais você estiver consciente das suas falhas como ser humano, melhor vai aprender a consertá-las e, assim, virará um profissional realmente competente e responsável.
E aí, como estão seus estudos?
Juliana Beliki
juli.ana_jb@hotmail.com