Nessa terça-feira (30), German Efromovich, dono da Avianca, empresa escolhida pelo governo português para comprar a Tap, afirmou que não deve recorrer ao BNDES para a concluir a operação.
“Não sei se precisaremos do BNDES. Tenho recebido ligações de muitos bancos querendo entrar na operação. A não ser que o BNDES demonstre interesse, mas até agora não houve conversas nesse sentido”, declarou.
O governo português oficializou o convite para que Efromovich apresentasse uma proposta no último dia 19, depois de eliminar outros dois concorrentes. Com isso, o executivo possui acesso às informações financeiras da companhia lusitana, que acumula uma dívida de € 1,2 bilhão.
“Estou bastante otimista e esta operação faz todo sentido. Mas depende do que vou ver no ‘data room’. Se a gente não gostar do que olhar, não precisamos comprar”, afirmou.
German explicou que se a operação for adiante, o Grupo Synergy abrirá uma empresa europeia. Por ser descendente de poloneses, Efromovich está livre da restrição que exige nacionalidade europeia para o controlador uma companhia aérea no continente.
O valor da nova companhia seria de US$ 7 bilhões, um pouco mais que a metade dos US$ 13,5 bilhões que vale o grupo chileno-brasileiro Latam, a maior da América Latina. Porém, o grupo de Efromovich, passaria a liderar o mercado do Brasil para a Europa, além de fortalecer a Avianca Brasil.
O objetivo do empresário é triplicar de tamanho no mercado brasileiro e ampliar a frota atual, de 34 aviões, para 40 até 2015. “Não tenho ambição de ter o tamanho que as grandes têm no mercado brasileiro”, diz. “Prefiro uma operação doméstica enxuta, porém rentável”, afirmou.
Por Antonio Ribeiro
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