Nessa terça-feira (04), mais uma vez um avião da companhia irlandesa Ryanair pediu prioridade para aterrar em Lanzarote alegando escassez de combustível. A aeronave vinha de Leeds, no Reino Unido, e pediu prioridade na aterragem na ilha espanhola, face a outros três aparelhos que se encontram-se em lista de espera, alegando “escassez de combustível”. Como já era de se esperar, a empresa desmente, e alega que foram os ventos fortes que levaram o seu piloto a pedir prioridade na aterragem.
É a quarta vez em mês e meio que a polêmica empresa aérea se vê envolvida em controvérsia em torno do rigor com que cumprirá a legislação internacional sobre o abastecimento das aeronaves. Em Julho desse ano, três dos seus aviões pediram urgência na aterragem no aeroporto de Valência, por motivos igualmente intrigantes.
As chamadas feitas pelos comandantes das aeronaves alertavam para a falta de combustível que não os permitia continuar no ar. Vale lembrar que um Boeing 707 da empresa colombiana Avianca se acidentou por esse motivo, em Janeiro de 1990. As autoridades espanholas já abriram um um inquérito.
A companhia low-cost respondeu que o pedido foi feito depois de os três aparelhos terem sobrevoado em espera sobre Valência por cerca de uma hora, atingindo as reservas de combustível mínimas que permitem a cada aeronave operar por 30 minutos, ou cerca de 480 km de área sobrevoada.
Para cumprir sua política de eficiência, a Ryanair obriga os pilotos a abastecerem a quantidade ‘mínima necessária’ para os voos, e qualquer excesso de combustível tem de ser justificado por escrito. Michael O’Leary, CEO, garantiu posteriormente que a companhia cumpriu todos os requisitos de segurança do fabricante dos aviões, a Boeing, e todas as regras da EASA (Agência Europeia de Segurança Aérea), e que as restrições impostas aos pilotos são ‘razoáveis’.
João e o Lobo e Avianca 052: Veremos esses filmes novamente?
Por Antonio Ribeiro
Imagem: Reprodução