Bachem Ba 349 Natter: Um interceptador para os inexperientes

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Em 1943, a Luftwaffe apresentava algumas dificuldades contra seus inimigos durante a Segunda Guerra. Então, mudanças radicais foram necessárias para superar uma possível crise. Mísseis antiaéreos terra-ar pareciam ser uma forma promissora de combater os bombardeiros estratégicos ofensivos.

Naquele tempo, uma variedade de projetos foram iniciados, mas, invariavelmente, problemas de sistemas de orientações e encaminhamentos impediram que qualquer um desses projetos pudesse alcançar o status operacional. Fornecer um míssil com um piloto que pudesse operá-lo de forma simples pareceu ser uma boa opção.

Em 1944, a Luftwaffe começou a solicitar que projetassem interceptadores simples de defesa, em um programa nomeado de “Programa de Combate de Emergência”. Nele, foram propostos vários projetos simples, incluindo o Heinkel P.1077 Julia, um dos favoritos para o contrato.

A construção do primeiro Natter foi concluída em outubro de 1944. Designado como M1, ele foi rebocado até uma altitude de 3.000 m por um Heinkel 111. Naquela hora, muita gente imaginou que se tratava de um simples planador sem nenhuma utilidade, ainda mais com alguns problemas nos materiais encontrados no M1 e M3.

Para que quaisquer dúvidas sobre o Naffer fossem sanadas, esclarecendo se era realmente um planador ou uma arma para o combate, o protótipo pilotado por Hans Zübert, designado como M8, acabou fazendo um voo livre, mostrando-se uma aeronave muito boa de se voar.

As decolagens do tipo VTOL (Vertical Take-Off and Landing) foram realizadas com sucesso em dezembro de 1944. O primeiro voo foi realizado por um protótipo (M16) não tripulado, que foi alimentado por propulsores sólidos. No total, foram oito protótipos utilizados como planadores, e oito configurados para serem VTOL.

O que era considerado uma máquina de suicídio no começo – uma decolagem vertical e um piloto automático – fez com que o piloto, mesmo sem experiência, tivesse o trabalho principal, que era apontar a aeronave contra o alvo e disparar seus foguetes localizados no nariz da aeronave. Para pousar, o uso de pára-quedas já era suficiente.

Andrews Claudino