Nessa sexta-feira (18), a Boeing anunciou que as entregas do Boeing 787 Dreamliner serão suspensas, mas que a produção das aeronaves seguirá normalmente.
A suspensão das entregas seguirá até que os problemas nas baterias das aeronaves e outros problemas sejam totalmente resolvidos. Vale lembrar que a falha nas baterias motivou a suspensão de todos os voos com o modelo.
“A produção do 787 continua. Não entregaremos 787 até que a FAA aprove o restabelecimento da autorização de voos das aeronaves, que foram mantidas em terra desde quarta-feira, e certifique a solução aprovada tenha sido implementada”, disse um porta-voz da empresa.
Até que se descubra as causas dos seis problemas técnicos que assolaram os 49 exemplares construídos até agora, o modelo deverá seguir encostado, com sua certificação suspensa.
Na quarta-feira (16), quando a FAA, seguida pelo Japão, EASA e Índia, suspendeu os voos com o modelo, um 787 da ANA fe um pouso de emergência no Japão após a detecção de fumaça a bordo e de um forte odor proveniente de um incêndio em uma bateria de lítio situada no compartimento elétrico.
A Boeing recebeu até agora 848 encomendas do modelo 787 e em Novembro aumentara sua capacidade de produção para cinco unidades por mês, esperando elevar esse número a dez unidades mensais até o fim do ano.
O último caso de suspensão total das atividades de um modelo comercial foi com o trimotor McDonnell Douglas DC-10, após um acidente com um exemplar da American Airlines e outro acidente com um DC-10 da Turkish Airlines.
Também nessa sexta-feira (18), Ray LaHood, Secretário de Transportes dos Estados Unidos, disse que o avião não voará novamente até que as autoridades tenham ‘1.000% de certeza’ da segurança do avião.
Por Antonio Ribeiro
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