No início da década passada, vários eram os projetos para reequipar e renovar a nossa FAB: Um novo avião presidencial (o menos importante de modo geral), novos aviões de transporte leves para substituir o Bufalo, mais Hercules C-130 e novos caças de defesa aérea, isso dizendo os principais. O AeroDilma veio primeiro, o Casa C-105 demorou mais saiu, os “novos” Hercules também chegaram. Mas o projeto dos caças ainda não saiu do papel. Como solução paliativa, vieram os Dassault Mirage 2000, que estão próximos de sua desativação, e para substituí-los, foi criado um novo programa, o FX-2, que visa também a futura substituição dos Northrop F-5EM e dos Embraer/Alenia AMX da Fab, daqui quinze anos no máximo.
Celso Amorim, ministro da Defesa, anunciou que a decisão dos caças sai até o fim desse semestre, mas o Governo Brasileiro enviou uma carta aos Estados Unidos, à França e à Suécia, pedindo a extensão das propostas até o dia 31 de Dezembro desse ano. A carta solicita que sejam mantidos os mesmos valores, mesmos termos e mesmas condições propostas concluídas ainda no mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Via embaixadas em Brasília, a carta foi enviada no dia 20 de junho, assinado pelo brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Júnior, presidente da Copac (Comissão Coordenadora do Programa de Aeronaves de Combate), criada para poder avaliar as propostas oferecidas.
O novo adiamento se deve em razão de não ser vantajoso uma compra de um valor que pode chegar a ficar entre seis e oito bilhões de dólares, durante época de crise internacional e baixo crescimento econômico, ainda mais em ano de eleição.
Por Antonio Ribeiro
Revisão: Athos Gabriel