De acordo com um estudo feito pela fabricante Airbus, o Brasil, atualmente o quarto maior mercado doméstico de aviação do planeta, deverá responder por 3,76% da demanda global de novas aeronaves nos próximos 20 anos.
Rafael Alonso, vice-presidente executivo da Airbus para a América Latina e Caribe, afirmou que o Brasil precisará de 1060 novas aeronaves até 2031. “Atualmente, são 480 aviões em operação no país. Destes, 170 seguirão operando nos próximos 20 anos, totalizando um mercado de 1230 aeronaves”.
Esse mercado em potencial representa a cifra de US$ 160 bilhões para as fabricantes. Hoje, a fabricante tem participação de 50% no mercado brasileiro, e espera responder por, pelo menos, 60% dessas novas entregas nos próximos 20 anos.
O relatório afirma que a maior demanda será para aviões narrowbody, que deverão ter 700 novos pedidos em 2031. Por outro lado, os aviões widebody terão uma demanda de 310 aeronaves, enquanto a frota de grandes aviões, como o Boeing 747 e o Airbus A380, deve crescer em 50 unidades.
O interessante é que as pesquisas contrastam com o atual ritmo do mercado brasileiro, que demite e devolve aeronaves. Mas Alonso crê que a conjuntura seguirá favorável nos próximos anos, o que viabilizará o crescimento da frota brasileira.
O vice-presidente ainda explicou que quatro companhias aéreas negociam com as autoridades brasileiras a autorização para iniciar voos com o A380. British Airways, Lufthansa, Emirates Airlines e Air France já demonstraram interesse em operar voos no país com a aeronave.
Porém, o executivo afirmou que o governo brasileiro deverá investir entre US$ 2 a US$ 6 milhões para adequar os aeroportos de São Paulo e Rio de Janeiro para receberem a aeronave de grande porte.
“Mas o retorno que o A380 traria para os negócios dentro do aeroporto e nas imediações chegaria a US$ 20 milhões ao ano”, disse o executivo da Airbus.
Por Antonio Ribeiro
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