Nessa quinta-feira (22), a Superintendência-Geral do CADE recomendou que a fusão entre as regionais paulistas Trip e Azul seja aprovada, mas com restrições. O órgão divulgou a informação por meio de uma nota.
Em uma análise de 66 páginas, o órgão concluiu que a transação pode receber um aval positivo, mas que, para isso, o acordo de codeshare entre a TAM e Trip seja extinto em até dois anos.
O parecer afirma que a associação entre as duas companhias era um complemento para ambas, já que a TAM atua principalmente em grandes cidades, enquanto que a regional voa principalmente em rotas regionais. Mas, se o acordo fechado em 2004, for mantido, ‘poderia desestimular a concorrência no setor aéreo’.
Mesmo assim, a superintendência diz que a fusão gera uma baixa concentração de rotas comuns. Com isso, de acordo com a nota, o negócio “poderá resultar em uma nova empresa com maior capacidade de competir no setor de aviação civil nacional”.
Em 18 de Junho passado, o negócio foi encaminhado ao órgão, e está sob as regras antigas da lei de defesa da concorrência, em que a operação pode ser concretizada mesmo antes do sinal verde do órgão antitruste. Agora, com o parecer positivo da Superintendência, o caso segue para julgamento no plenário do CADE.
Ainda foi frisado pelo órgão que, mesmo com a fusão, a parcela atual de mercado alcançada pela operação é de 14%, bastante inferior a da Gol e a da TAM, cuja participação supera 40% cada uma.
Por Antonio Ribeiro
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