Conforme dados do CENIPA, o número de acidentes registrados na Aviação Civil Brasileira em 2012 foi um novo recorde: Foram 168 casos no ano passado em comparação com 159 em 2011, representando um aumento de 5,6%.
Dentre os 168 acidentes, 146 foram com avião (aumento de 10,6% em relação a 2011) e outros 22 de helicóptero (redução de 15,5%). Porém, os dados ainda são preliminares, já que o órgão ainda está recebendo relatos de seus escritórios regionais e pelo menos mais quatro casos ainda precisam ser analisados.
Como ocorrências mais graves, podemos citar a queda de um helicóptero da Polícia Civil de Goiás, que deixou 8 mortos, além do acidente com um King Air de uma indústria de alimentos, que também deixou 8 mortos em Julho em Minas Gerais.
Os meses mais turbulentos foram Fevereiro, Agosto, Junho, Novembro e Dezembro. Além disso, em todos os meses citados, o número de acidentes superou a marca contabilizada no ano anterior.
Desde que a Aeronáutica começou a divulgar dados de quantidade de acidentes, no ano 2000, 2011 já havia fechado com um índice histórico de acidentes no país:
“Começamos no ano passado uma série de ações focadas na prevenção e na melhoria da manutenção das aeronaves para reduzir o número de acidentes no país e estamos caminhando para isso. 2012 foi um período de transição e acreditamos que 2013 será um ano que haverá redução”, explicou o brigadeiro Luis Roberto do Carmo Lourenço, chefe do Cenipa.
“No mundo inteiro, a aviação caminha para ser cada vez mais segura. No Brasil, na aviação comercial regular, estamos neste caminho. O que ainda nos preocupa é a aviação em geral (aviões e helicópteros privados, táxi aéreo, agrícolas, dentre outros)”, explica o oficial.
A IATA, porém, afirma que 2012 foi o ano mais seguro já registrado pelas companhias aéreas desde 1960. De acordo com os dados, em média, aconteceu um acidente para cada 5,3 milhões de voos do tipo.
Houve ainda aumento, em 2012, no número de acidentes de avião com mortes – foram 29 contra 22 no ano anterior. Porém, os acidentes com helicóptero deixaram menos vítimas no ano passado: foram apenas 3 contra 8 em 2011.
Para evitar um novo recorde parecido, militares da FAB farão palestras em pequenas cidades no interior dos estados durante esse ano, levando informações que possam prevenir mais um novo recorde no número de acidentes:
“Estamos incrementando o trabalho em conjunto com a ANAC e com a SAC, para aumentar a fiscalização e as atividades em todo o país, verificando o que está sendo feito de forma irregular e que pode ser melhorado para prevenir novos acidentes”, afirmou o brigadeiro Lourenço, chefe do CENIPA.
Por Antonio Ribeiro
Imagem: Aviação Geral
