Nessa quinta-feria (22), o CENIPA afirmou que fará um levantamento sobre as operações de todos os helicópteros Robinson 22 que operam no país, devido aos acidentes e incidentes sofridos pelo modelo.
Vale lembrar que, na quarta-feira (21), um helicóptero desse modelo, prefixo PR-UTJ, caiu na Serra da Grota Funda (RJ) durante um voo de instrução, matando os dois ocupantes. Menos de 24 horas após esse acidente, outro helicóptero do mesmo modelo caiu no terreno do Aeroporto de Maricá (RJ), mas sem deixar feridos.
Outros acidentes também colocam em xeque o modelo: Em 24 de outubro passado, um vento forte teria causado o acidente, ocorrido no Aeroclube do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre. O instrutor de voo se machucou ao bater com a cabeça no para-brisa e teve ferimentos leves.
Em Setembro, outro helicóptero Robinson 22 fez um pouso forçado às margens da Rodovia Ayrton Senna, na região de Guarulhos (SP). De acordo com o Corpo de Bombeiros, a aeronave era usada no treinamento de novos pilotos. Ninguém ficou ferido.
Um outro Robinson 22 caiu em um galpão na cidade de São Paulo (SP) durante um voo de instrução, matando os dois tripulantes: o instrutor de voo Maílson Rocha Lopes, de 23 anos, e o aluno Denis Frank Thomazi, de 32.
A popularidade do modelo é evidente por ser leve, barato de operar e de possuir uma manutenção simples. Um modelo novo não sai por menos de R$ 250 mil, o que o torna padrão para o treinamento de pilotos.
Sobre o acidente em Maricá (RJ), o subsecretário de Defesa Civil do município, coronel Jorge Braga, disse que o helicóptero era tripulado por um instrutor e por um aluno de pilotagem. O coronel acredita que os ventos fortes tenham provocado a queda da aeronave. Uma equipe do CENIPA foi para o local para analisar o caso.
De acordo com o aeroclube da cidade, a aeronave pertence à empresa Helimax. O helicóptero fazia uma manobra quando virou e caiu, ficando destruído, conforme foi confirmado pelo Corpo de Bombeiros.
Por Antonio Ribeiro
Imagem: G1