A cidade de Santa Helena de Goiás (GO) possui aproximadamente 36 mil habitantes, e é servida por dois aeroportos. Porém, nenhum deles é utilizado, sendo que o mais novo foi inaugurado a cerca de dois anos, a um custo de R$ 6,5 milhões, mas nenhum avião nunca pousou no local.
Mesmo sem ser utilizado, o local mais novo já começa a mostrar problemas na estrutura. O outro aeroporto, batizado como Aeroporto Municipal José de Assis, existe há 30 anos, mas está interditado.
A ANAC afirmou que não há nenhuma confirmação de que as obras do novo aeródromo foram finalizadas, mas a assessoria da Agência Goiana de Transporte e Obras (AGETOP) afirmou que o aeroporto está fechado porque o processo de desapropriação da área ainda não foi concluído. A agência afirmou ainda que está em fase de negociação com os donos do terreno.
O local mais novo não foi inaugurado na prática, ou seja, nenhuma aeronave pousou ou decolou de lá. Porém, mesmo sendo tão novo, parte do forro do telhado despencou e a luminária ameaça cair, além de várias rachaduras que começaram a aparecer. Além disso, a pintura começou a descascar.
Desde que a obra foi inaugurada, em novembro de 2010, o único movimento é o de dois funcionários da AGETOP. Eles trabalham no aeroporto para evitar a ação de vândalos.
O terminal tem toda a estrutura necessária para funcionar. Há área para recepção, alimentação e para a parte operacional. Inclusive, a pista foi projetada para receber voos noturnos, possuindo toda a iluminação adequada.
Já o Aeroporto Municipal José de Assis, que tem mais de trinta anos, está interditado devido ao risco que existe nas operações aéreas, pois algumas antenas e um armazém foram construídos no final da pista:
“A situação está difícil, pois precisamos de um aeroporto. Ao fazer o plano de voo, geralmente colocamos como destino o aeroporto de Rio Verde, mas pousamos em Santa Helena”, revela um piloto da região, que não quis se identificar.
De acordo com a prefeitura de Santa Helena, a área de 220 mil metros quadrados do antigo terminal foi doada para a construção de casas populares.
Por Antonio Ribeiro
Imagem: G1