Nessa quinta-feira (29), uma Corte de Apelação francesa absolveu a Continental Airlines e um mecânico da empresa pela sua responsabilidade no acidente com o Concorde F-BTSC, da Air France. O acidente matou 113 pessoas, sendo que quatro estavam em terra, e os outros 109 estavam na aeronave.
O veredito veio mais de dez anos após o acidente ter posto um fim nas operações no supersônico, que teve a maioria de seus exemplares transformados em peças de museu.
Uma Corte havia dito anteriormente que uma pequena peça de metal de um McDonnell Douglas DC-10-30 da companhia americana caiu na pista antes do Concorde decolar do Aeroporto Charles de Gaulle. O trem de pouso principal esquerdo passou por cima da peça, que cortou um dos pneus.
Os pedaços do pneu afetado atingiram um dos tanques de combustível da aeronave, além de dois motores. Sem a potência, o avião tentou ir para o Aeroporto Le Bourget, também em Paris, mas caiu em um pequeno hotel, matando 113 pessoas.
A Continental foi multada em 200 mil euros no começo, e recebeu a ordem de pagar um milhão de euros em danos à Air France. O veredito, classificado pela Continental como injusto e absurdo, foi contestado.
O soldador John Taylor foi absolvido de uma sentença de prisão condicional de 15 meses por ter agido contra as normas da indústria e usado titânio para forjar a peça que caiu do avião.
Hoje, a empresa faz parte da United Continental Holdings, de acordo com a decisão original, foi condenada a pagar 70% de qualquer lesão pagável às famílias das vítimas. A empresa responsável pela Airbus, a EADS, teria de pagar pelos outros 30 por cento.
Por Antonio Ribeiro
Imagem: Aeroflight