Cumbica poderá ter pousos e decolagens simultâneos

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Pela primeira vez, a FAB prepara a liberação de pousos e decolagens simultâneos em aeroportos com pistas paralelas onde hoje existem restrições nesse tipo de operação, como no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP), o mais movimentado do país e porta de entrada para a maioria dos estrangeiros.

O objetivo é ampliar o número de voos em Guarulhos e em outros aeroportos que possuam características semelhantes, isso até a Copa de 2014, quando o fluxo de passageiros aumentará.

Ronaldo Jenkins, diretor técnico da ABEAR, estima que a medida possa elevar o movimento em Cumbica em até 30% -dos atuais 45 para 58 pousos e decolagens a cada hora.

Oficialmente, a Aeronáutica diz que dá “atenção especial” a essa proposta, e que à mantém sob análise. A interlocutores, porém, oficiais têm dito que a nova regra pode sair ainda neste ano.

O que também influencia a decisão é a reforma prevista nas pistas, prevista para o ano que vem, e que ajudarão bastante. 

Além disso, as reformas previstas para as pistas em 2013 irão facilitar a mudança. A implantação levará um ano após a norma entrar em vigor, prazo que a Aeronáutica dará para treinamento de controladores de voo e pilotos.

Hoje, o aeroporto não pode ter pousos e decolagens simultâneos porque as duas pistas têm apenas 375 metros de distância entre si, sendo que a norma atual exige 760 metros.

A proposta é abrir a possibilidade para esse tipo de operação quando houver condição visual (dias e noites de céu claro, em que o piloto tem referência do que está à frente e do que está abaixo). Pilotos e controladores farão o gerenciamento. Vale lembrar que, em 70% do ano, o aeroporto de Cumbica opera em condição visual.

Os cenários previstos nesse tipo de operação são:

  1. autorizar que um avião decole em uma pista enquanto outro se prepara para aterrissar na outra; hoje, o avião prestes a decolar tem que esperar o que aterrissa tocar na pista para, só então, partir.
  2. autorizar que dois aviões se aproximem para pouso ou decolem ao mesmo tempo (não necessariamente em paralelo), cada um em uma pista.

A proposta partiu de um grupo integrado pelo SRPV-SP,representantes das empresas aéreas, da ANAC e da INFRAERO. A conclusão do grupo foi que as alterações trarão “benefícios incalculáveis à aviação brasileira”, ao permitir “desafogar” o movimento nos aeroportos.

Por Antonio Ribeiro
Imagem: Aviação Geral

Renato Cobel
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