O principal aeroporto de Londres, Heathrow, está causando inúmeras dores de cabeça ao primeiro-ministro da Inglaterra, David Cameron. Pressões das companhias aéreas e líderes empresariais sobre a expansão do aeroporto podem definir uma questão que está sob impasse há anos: A construção de um novo aeroporto ou a expansão de Heathrow.
A decisão deverá afetar 750 mil pessoas que vivem perto do aeroporto, no oeste de Londres, e que estão preocupadas com a poluição do ruído de aeronaves e segurança. Como efeito colateral, eleitores locais e alguns membros de seu próprio partido podem ficar enfurecidos dependendo da decisão.
As apostas são relativamente altas. Sem novas pistas e/ou aeroportos, o país da Rainha Elizabeth II corre o risco de se transformar em um coadjuvante global de aviação com a competição esquentando a partir de centros mais atraentes da Europa.
“O governo deve andar nas pontas dos pés com a questão da aviação por causa das considerações políticas no curto prazo”, disse o diretor-geral da Câmara Britânica de Comércio, John Longworth.
“A menos que os políticos enfrentem o problema e tomem algumas decisões difíceis, tanto as nossas exportações como o nosso potencial investimento estrangeiro vai sofrer”, explicou.
Atualmente, o aeroporto é o terceiro mais movimentado do mundo, mas está muito próximo de atingir a sua capacidade atual. O governo deverá decidir se quer expandi-lo ou considerar outras opções, tais como a construção de um novo centro em outro lugar na área de Londres.
A coalizão conservadora de Cameron se opôs à construção de uma terceira pista em Heathrow, depois que chegou ao poder em 2010, além de ter descartado também a expansão de aeroportos secundários de Londres, como Gatwick e Stansted.
O lançamento de uma comissão nomeada pelo governo nesse mês para rever todas as opções disponíveis e, finalmente, decidir o que fazer esquentou o debate.
Por Antonio Ribeiro
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