Pois é senhores, em muitos filmes que envolvam paraquedistas em saltos de demonstração, ou até em missões de resgate durante uma queda livre, podemos ver que todos se comunicam com uma facilidade…
Um exemplo disso foi no filme “Zona Mortal” (1994). O filme fala de um prisioneiro que estava sendo transportado em um avião, e consegue fugir com um pára-quedas de uma forma espetacular. O policial interpretado por Wesley Snipes, encarregado de transportar esse prisioneiro, acabou sendo suspeito por sua falha em serviço. No entanto, ele resolve perseguir o prisioneiro por conta própria, infiltrando-se assim no mundo dos paraquedistas de demonstrações, e descobrindo um envolvimento de outros criminosos na venda de informações secretas do governo para o crime organizado.
Durante o filme, há uma cena chamada de “Cut Away”, onde durante uma das apresentações, um dos paraquedistas acaba tendo problemas ao tentar abrir seu pára-quedas. Os outros membros de sua equipe começam a gritar com ele, enquanto segue em queda livre rumo à morte, como podemos ver no vídeo a seguir:
E é aí que nossa matéria começa de verdade. Nesse e em vários filmes, estas cenas se repetem, como se fosse fácil a comunicação em uma queda de cerca de 200 km/h.
Para quem acompanha os episódios dos “Caçadores de Mitos” (Mythbusters), os apresentadores Tory Belleci e Grant Imahara realizaram um experimento juntamente com o instrutor Dan Blakeley, onde Tory deveria passar a seguinte mensagem para Grant: “Se você puxar o dedo, você vai ouvir uma tuba”.
Esta mensagem foi repetida diversas vezes durante todo o trajeto da queda livre, até a hora em que o pára-quedas de Grant foi aberto. Porém, Grant não pôde ouvir absolutamente nada. Logo, ambos concluíram que não é possível se comunicar verbalmente durante uma queda livre, justamente pelas proteções, velocidade e barulho do vento.
Assim, podemos considerar este mito “detonado”.
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