Na abertura da feira de aviação Farnborough 2012, nessa segunda-feira, a Boeing anunciou um pedido de US$ 7,2 bilhões, equivalentes a 75 aeronaves Boeing 737 MAX, uma nova versão dos atuais 737 NG, com novos motores e alguns ajustes na aerodinâmica da aeronave, como um novo cone de cauda, herdado do Boeing 787, e um novo par de winglets. A compra foi feita pela empresa de leasing de aeronaves Air Lease, que receberá os primeiros exemplares em 2018. Até agora, a Air lease foi a primeira empresa de leasing a encomendar o modelo. Até agora, a Boeing possui 519 pedidos firmes.
A aeronave americana concorre com o europeu Airbus A320 NEO (New Option Engine, ou Nova Opção de Motores, em português). Até agora, a fabricante européia ainda não recebeu nenhum pedido de aeronaves durante a Farnborough 2012. O A320 NEO recebeu até agora 1400 pedidos firmes, com entregas previstas para o fim de 2015. O Ceo da Airbus, Fabrice Bregier, afirmou que sua empresa não ficaria atrás.
O diretor comercial da Airbus, John Leahy, anunciou o lançamento de uma versão melhorada do widebody de longo alcance A330, que incluirá essencialmente um aumento de sua capacidade de carga para 240 toneladas, para competir melhor com o Boeing 787 Dreamliner.
Segundo John Leahy, o projeto do novo avião estará terminado em 2013 e 2014 e o modelo deverá fazer parte da frota em 2015. A nova versão da aeronave é fruto de um anúncio da fabricante européia, feito em janeiro.
O International Airlines Group (IAG), holding resultante da fusão das européias British Airways e Iberia, anunciou nesta segunda-feira que irá cooperar com o construtor chinês Comac, auxiliando no desenvolvimento do narrowbody de curto alcance C919, futuro concorrente do Boeing 737 e da família A320.
Nem só da Aviação Comercial que vive a feira. O mercado da Aviação Militar também tem seu lugar garantido, com exposições e apresentações de voo de aeronaves militares, como o Lockheed C-130J Hercules, McDonnel Douglas KC-10 e Boeing B-52H Stratofortress da USAF, o europeu EADS A400M e o britânico Avro Vulcan.
Infelizmente, essa edição da feira não poderá contar com os fantásticos caças Sukhoi SU-35 e MIG-35, além do caça-bombardeiro SU-32 e do treinador avançado Yakoklev Yak-130, devido a atrasos na burocracia de emissão de vistos à delegação russa. A não participação da Rússsia na feira foi vista como parte de um boicote do Reino Unido à algumas posições políticas da Rússia, em sua maioria, contrárias ao ocidente, como a questão atual da Siria, que enfrenta uma guerra civil.
A Embraer não ficou de fora, e apresentou o já tradicional Super Tucano, que atualmente concorre em um contrato de novos aviões de ataque leve para a USAF. A brasileira também apresentou uma novidade, revelando detalhes do seu mais novo jato executivo, o Legacy 500.
Por Antonio Ribeiro