Nessa quarta-feira (25), uma equipe de onze alunos da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) além de um piloto de aeromodelo, embarcaram para a cidade americana de Marietta, na Geórgia, para disputar uma competição mundial de aeromodelos. Vale lembrar que o grupo foi campeão na competição brasileira, e por isso foi selecionado para representar o país na competição mundial.
O aeromodelo que irá disputar o troféu é composto basicamente de madeira, alumínio e náilon e tem 3,20 metros de envergadura; 1,5 metro de comprimento e 40 centímetros de altura. Bruno Arruda Alves é um dos integrantes da equipe, e afirmou que, após a vitória no campeonato nacional, outro modelo de avião foi desenvolvido.
“As regras nos Estados Unidos são diferentes. Fizemos outro projeto. O que vale na competição lá (Estados Unidos) é o quanto de peso que a aeronave pode carregar”, afirmou o estudante.
Bruno explica ainda que a diferença desta aeronave para um avião de controle remoto comum é conseguir chegar ao extremo da potência e da aerodinâmica. “A competição tem um limite de potência. O avião de controle remoto comum tem muita potência, mas carrega pouco peso”, explicou.
O avião foi batizado como ‘Triton’, pelo fato de possuir na cauda estabilizadores triplos, semelhantes aos do Lockheed L-1049 Constellation. E essa não é a primeira vez que a universidade participa da competição. Na primeira vez, em 2006, a equipe ganhou o campeonato, e em 2009, os brasileiros trouxeram uma medalha de prata
Além disso, os vencedores recebem um troféu e prêmios em dinheiro, dividido por categorias. Os participantes são julgados em três quesitos: quantidade de peso que aeronave pode carregar durante um voo; relatório que explica a construção da aeronave e apresentação oral.
Bruno afirma que a UFMG ajuda a equipe com o conhecimento, o espaço para trabalhar e uma parte financeira. “Tivemos que correr atrás de patrocínio. O custo total do projeto, com o avião e a viagem, vai ficar em torno de R$ 60 mil”, falou.
Outro integrante da equipe, Rodrigo Amorim Torres, explicou que o projeto é de extrema importância para a aplicação do conhecimento adquirido ao longo do curso. “A teoria é aplicada para construir a aeronave. O projeto é praticamente igual à construção de uma aeronave tripulada”, falou o aluno, que disse ter aprendido bastante com o projeto.
Os alunos dos cursos de Engenharia Mecânica e Aeroespacial dizem que já estão preparando uma nova aeronave para a competição nacional, que volta a acontecer em outubro deste ano.
Por Antonio Ribeiro