Ética na formação aeronáutica

posted in: Raul Marinho, Textos | 13

Coluna de Coaching de Formação Aeronáutica – Raul Marinho / Blog Canal Piloto
Tema da semana: Ética na formação aeronáutica

Caros (futuros) aviadores do Canal Piloto, Oscar Lima Alpha!

Nesta semana, nós vamos tratar de um dos assuntos mais complicados de discutir em qualquer área, e não seria diferente quando aplicado à formação aeronáutica: ética. Como muitos não conhecem do que se trata – ou, pior, tem uma concepção equivocada do que seria ética –, eu recomendo uma breve leitura (do primeiro parágrafo, ao menos) da definição de ética da Wikipedia, que resume razoavelmente bem o que ela significa. Não é meu objetivo, entretanto, discutir a ética na formação aeronáutica de maneira teórica ou filosófica, pelo contrário: neste artigo eu pretendo realizar uma abordagem bem prática do assunto. E para começar a falar sobre ética, gostaria de partir deste artigo do meu amigo e mentor Stephen Kanitz (ex-professor da FEA-USP, escritor, palestrante, e ex-colunista da revista Veja): “Ambição e Ética”. Leiam o artigo do Kanitz (é bem curto), e depois voltem para continuar a ler este texto.

Acho que todo mundo aqui tem mais ou menos a mesma “ambição”, quando se trata de formação aeronáutica: ter um bom currículo que viabilize iniciar uma carreira como piloto. No caso da maioria, que pretende seguir na aviação comercial pilotando aviões, a “ambição básica” é a de ser PC-IFR/MLTE (eventualmente, INVA também), mais os “penduricalhos”: ICAO-4+, Jet Training e PLA teórico. A partir daí, fazer as horas para poder enviar o currículo para uma companhia aérea, até chegar à cabine de um Boeing/Airbus/EMB-19X/ATR da vida, e de preferência tornar-se comandante de linha internacional no médio prazo. Salvo exceções, é isso o que todo mundo aqui almeja (ou estou enganado?). OK, mas COMO chegar lá? Vale tudo para chegar à companhia aérea? É claro que não, existem “os limites que você se impõe na busca de sua ambição”, de acordo com a definição de ética do Kanitz. Por exemplo: vale subornar um funcionário da ANAC para obter as carteiras de piloto sem voar? Se você concorda que não subornaria o funcionário da agência para obter uma CHT, você definiu um limite ético para atingir sua ambição de ser piloto. Na prática, você se interditou, limitou seu raio de ação, e excluiu a possibilidade de envolver-se com corrupção de funcionário público para atingir seu objetivo (ou sua “ambição”).

Neste caso, é razoavelmente fácil encontrar o seu limite ético, uma vez que envolver-se com corrupção é crime, o funcionário corrupto pode estar sendo vigiado pela Polícia Federal, e você poderá ser preso por suborná-lo, e aparecer no Jornal Nacional escondendo o rosto. Mas, e quando não há desrespeito à Lei, como fazer para arbitrar os limites da ética? Não é por ser legal que algo também seja ético, é bom que isso fique claro desde o início. E, mais complicado ainda, há situações em que o desrespeito à Lei não oferece risco de ser pego (ou o risco é muito baixo), o que complica ainda mais o jogo da ética. A seguir, vou explorar alguns casos concretos sobre a ética na formação aeronáutica, que lidam com estas situações-limite, que são as que realmente interessam para a nossa vida prática. Evidentemente, estes exemplos não esgotam as possibilidades de discussão sobre ética na formação aeronáutica, mas já são um começo para estimular a pensar sobre o assunto.

Usar a AFA como aeroclube subsidiado

É razoavelmente comum as pessoas pensarem que quem serve à Força Aérea Brasileira torna-se, quase que automaticamente, piloto. Mas com um mínimo de pesquisa, logo se chega à conclusão de que pouquíssimos militares da Aeronáutica comandam aeronaves, e que ser oficial aviador implica numa carreira árdua de estudos e treinamento, que inclui, obrigatoriamente, uma passagem pela AFA-Academia da Força Aérea, em Pirassununga, única instalação militar da FAB que forma pilotos militares. Muito bem, então… “Vamos fazer essa tal de AFA, e virar piloto de grátis, ué!?”, afinal de contas “para que pagar para ser piloto, se o governo oferece a formação aeronáutica grátis”, não é mesmo?

Não mesmo! Em primeiro lugar, entrar na AFA é dificílimo, tanto ou mais que os vestibulares mais concorridos – sem contar que não há só uma prova teórica, mas também um exame físico e uma inspeção de saúde extremamente rigorosa. Mas entrar na AFA é fichinha perto da dificuldade que é sair de lá como oficial aviador: as rotinas de estudos e de preparação física são absurdas; o treinamento militar é o que se espera de quem está sendo preparado para ir para a guerra; e, principalmente: o nível de exigência na instrução de voo é extremamente elevado, milhares de vezes mais rigoroso que o aeroclube mais severo. Mas vamos supor, por um momento, que nada disso é empecilho, e a pessoa entrou na AFA e se formou oficial aviador só com o intuito de deixar a FAB assim que formado para voar para alguma companhia aérea. Os problemas ainda não terminaram para quem quer se formar piloto às custas da FAB. Quando o oficial aviador deixa a Aeronáutica em um determinado prazo mínimo depois de formado (não consegui confirmar exatamente qual, mas me parece que são 10 anos), é preciso indenizar a FAB pela formação recebida. Além disso, há que se considerar que o piloto militar brasileiro voa muito pouco em termos de horas de voo por ano. No fim das contas, para conseguir uma formação aeronáutica grátis (paga pela FAB), o resultado é muito sacrifício para um benefício relativamente reduzido.

Ok, mas mesmo considerando todas as dificuldades, restrições e a possível indenização, a pessoa que entrou na Aeronáutica com o objetivo de fazer da AFA um aeroclube subsidiado foi, antes de tudo, antiética – e é isso o que eu quero mostrar aqui. “Ah, Raul, mas se o cara pagou a indenização (caso ela seja devida), que mal há em usar a AFA como aeroclube?” Aí que tá… No artigo do Kanitz, ele cita como limites para conquistar a ambição “roubar, mentir ou pisar nos outros”, e a lista do que é antiético caminha neste sentido (não vou tentar completá-la porque todos sabem o que é certo e errado aqui, imagino eu). Quem ingressa na AFA – uma instituição criada e mantida pelo Estado brasileiro, com o objetivo de formar aviadores para a FAB – com a prévia intenção de aproveitar a instrução gratuita para, posteriormente, obter um emprego de piloto na iniciativa privada está sendo honesto? Ou está enganando a instituição, a FAB e, em última instância, o Brasil? Há alguma dúvida sobre isso? E se todo mundo fizesse o mesmo, quem iria pilotar as aeronaves militares brasileiras? Mais do que isso: e aquelas pessoas genuinamente interessadas em seguir a carreira de piloto militar, que não puderam porque a vaga delas estava ocupada pelo espertalhão? Como é que elas ficam?

“Ah, então quer dizer que, uma vez tendo ingressado na Aeronáutica, não se pode mais sair até a aposentadoria, senão você é antiético?”, perguntarão os que acham que conseguem desmontar a lógica da ética num só golpe. Obviamente, não é desta situação que estávamos falando até o parágrafo anterior. Todo mundo pode se enganar, mudar de opinião, rever seus conceitos. Você pode entrar na AFA, formar-se oficial aviador, e algum tempo depois de iniciar a rotina de trabalho numa base militar, concluir que aquela vida não lhe satisfaz, pagar a indenização, sair da FAB, e ir trabalhar numa companhia aérea. Embora legalmente idêntico ao caso do sujeito que entrou na AFA com o intuito prévio de fraudar o objetivo da instituição, eticamente falando são casos completamente diferentes. E nosso propósito aqui é somente discutir o que é ou não ético, é esta a “ambição” desta discussão sobre quem quer fazer da AFA um aeroclube subsidiado. Deu para entender que cursar a AFA com o objetivo de utilizar a academia como seu aeroclube grátis é antiético? Se deu, está cumprida a missão. Na verdade, dá para fazer muito mais considerações sobre o tema, mas vamos passar para o próximo caso, que é muito mais importante para a gente discutir a ética na formação aeronáutica.

Voar profissionalmente sendo PP

É muito comum encontrar pessoas que acham que basta voar o PP no aeroclube que, assim que brevetados, eles voarão as horas do PC de forma remunerada, burlando a legislação que exige que os pilotos que voarem desta forma tenham, no mínimo, a licença de PC. “Ah, mas isso é frescura da ANAC, aqui na minha região todo mundo faz isso e ninguém é pego pela fiscalização. Além do quê, eu não tenho a grana para pagar as horas de voo em aeroclube, então é isso ou não me formo piloto” – este é o discurso básico da turma do vale-tudo. Não vou entrar no mérito de que voar assim é perigoso (e é!) ou ilegal (idem), mas ficar só na questão ética da coisa: quem voa de maneira “remunerada” não sendo PC (e as aspas estão aí porque, na prática, a “remuneração” é simplesmente o direito de voar sem pagar, na maioria das vezes) está sendo antiético com toda a classe dos pilotos comerciais regularmente habilitados.

Toda vez que um PP voa profissionalmente, um PC deixa de ser contratado – o que é uma constatação de lógica elementar. Por isso, além de ser antiético, voar o PP desta forma dificulta a sua própria possibilidade de conseguir um emprego após formado PC. O fato de que “todo mundo faz isso” não muda o fato de que, sempre que uma nova pessoa se sujeite a voar desta maneira, um novo prego está sendo martelado no caixão do futuro emprego de piloto comercial. É como jogar esgoto no rio que abastece a água da cidade: embora a sujeira de uma única casa não contamine toda a água, cada nova casa que despejar seus dejetos na água comum vai contribuir para que toda a cidade adoeça. Outro engano é culpar a ineficácia da ANAC para justificar o próprio erro. Ora, quer dizer então que, se não tem polícia por perto, eu posso roubar à vontade? Na verdade, é o oposto: justamente porque não há polícia, que minha conduta é colocada à prova – é muito fácil ser honesto com a punição garantida, não é mesmo?

Finalmente, quero discutir questão da falta de dinheiro para justificar o ilícito aeronáutico. Em primeiro lugar, conforme já explicado, agir desta forma vai contribuir para que você continue pobre após formado PC, já que quanto mais PPs voando profissionalmente existirem, menos dinheiro ganharão os PCs. Depois, há a evidente falácia da justificativa: se a falta de dinheiro para pagar o aeroclube é atenuante para o voo ilícito, então eu posso roubar o Mercedes-Benz do meu vizinho, afinal de contas eu não tenho dinheiro para comprá-lo, e isso por si só me eximiria de ser preso por roubo. No fim das contas, teremos de volta o estado de barbárie, onde todos os desejos humanos serão resolvidos na bala, coisa que a humanidade lutou milhares de anos para ficar livre. E, em terceiro lugar, e principalmente: se voar o PP profissionalmente for a única opção para quem é pobre, porque tanta gente sem dinheiro consegue batalhar na vida e se formar PC sem voar ilicitamente? Se tem gente que trabalha duro e economiza cada centavo, passando privações, para pagar o aeroclube, por que você, bonitão, teria licença para burlar a legislação? O ponto é: existem alternativas que não o voo ilícito para obter a licença de PC – só que são mais trabalhosas, demoradas, e exigem muito sacrifício pessoal. Se você não quer adotá-las, e prefere voar fora da lei, eu só posso concluir que você age fora da Lei por opção, coisa que o Código Penal tipifica perfeitamente.

É evidente que, por “voar ilicitamente”, eu não estou me referindo a quem voa aeronaves particulares na sua instrução aeronáutica, indiscriminadamente. Aliás, eu mesmo fiz a minha instrução de MLTE e IFR fora de aeroclube, e isso não é nem ilegal, nem antiético. Voar como “copiloto” (na verdade, em duplo comando) numa aeronave single pilot sem remuneração também não tem nada de mais (ou de menos ético), e não é disto que estou falando. Eu estou me referindo aos kamikazes em potencial que aceitam voar em comando sem plano de voo pelas selvas e garimpos da vida, geralmente “só pelas horas”, ou então sub-remunerados – procedimento muito comum na região Norte, aliás. Esse pessoal acha não só “normal” fazer isso, como também tem um certo orgulho de voar assim, como se isso os conferisse uma espécie de atestado de heroísmo – quando, na verdade, estão prejudicando toda a classe à qual pertencem, além de comprometer a segurança de voo como um todo. É profundamente lamentável que exista este tipo de piloto no Brasil.

A batalha entre o Justo e o Certo

Para encerrar de forma mais amena, gostaria de começar esta 3ª e última discussão ética contando uma anedota muito popular no mundo jurídico. Era uma vez um juiz que estava entrando no motel acompanhado da mulher de seu colega de tribunal. Mas eis que, quando ele ia entrando, viu sua própria mulher saindo do motel no carro do juiz do gabinete ao lado do seu (e, por acaso, marido de sua acompanhante!), e foi lá tirar satisfações. Algum bate-boca depois, o juiz que estava saindo diz: “Nobre colega, datavenia as emoções afloradas, não fica bem dois magistrados discutindo na porta de um motel… Vamos fazer o seguinte: Vossa Excelência pega a vossa mulher e vai para vossa casa, e eu pego minha esposa, e vou para a minha residência, assim a gente acaba logo com essa discussão, ok?”. Ao que o juiz que estava entrando responde: “O nobre colega me permita dizer que esta é a solução certa para o caso; mas de maneira nenhuma é a justa. Vossa excelência, que está saindo, já consumou o ato com minha esposa; enquanto eu, que estou entrando, sequer toquei em sua mulher. Mas, na impossibilidade de fazermos o justo, façamos então o certo”. E foram os dois para suas respectivas casas, acompanhados de suas esposas. Mas voltando à ética na instrução aeronáutica…

Certa feita, este que vos escreve estava fazendo as horas visuais do PC em um aeroclube do interior de São Paulo, e para tal havia agendado um voo de 4 horas para realizar uma navegação. Chegando ao aeroclube, um instrutor começa a criar caso comigo porque haviam sido agendados para o mesmo horário e mesma aeronave da minha navegação três voos locais com três alunos diferentes. Gerou-se o impasse: quem agendou primeiro? Fomos investigar a planilha de marcação de voos, e ficou evidente que eu havia sido o primeiro a marcar os voos; por um erro administrativo, abriu-se uma linha adicional para o mesmo avião, e isso acabou permitindo que se marcassem voos adicionais na mesma aeronave e horário, posteriormente. Mas não se dando por derrotado, o instrutor ainda quis argumentar que eu é que deveria cancelar o meu voo, já que “não seria justo cancelar o voo de três pessoas ao invés de uma, isso não é ético!”. Foi aí que eu me lembrei da piada acima… Mas, afinal, é ou não é ético fazer o “certo” ao invés do “justo”?

O instrutor que arbitrou que o “justo” seria favorecer três pessoas ao invés de uma estava se achando o Paladino da Justiça, mas… Ele levou em conta que eu havia viajado 100km para chegar ao aeroclube, enquanto os outros três moravam na vizinhança? Ele levou em conta que eu tinha 42 anos na época, enquanto os outros três eram pós-adolescentes que, em princípio, seriam menos prejudicados por uma instrução mais demorada? Ele levou em conta o fato de que, para eu agendar um voo, eu tenho que fazer uma ginástica fenomenal com minha agenda de compromissos profissionais, coisa que os três jovens estudantes nem sonham? Na verdade, saber o que é justo não é fácil, a Justiça é fluida e subjetiva, e é por isso que nossa sociedade é organizada com base no que é “certo”, com regras claras e objetivas, para que não se tenha que discutir a Justiça a todo momento. É por isto que dizemos que a ética da nossa sociedade é baseada no que é “certo”, não no que é “justo” – e é esta a razão pela qual os juízes da anedota concordaram em fazer o “certo” ao invés do “justo”.

No caso de quem quer fazer da AFA como aeroclube grátis, a questão ética é de natureza moral, uma vez que burlar a intenção do curso de pilotos da AFA não é ilegal. Já o caso de quem quer voar o PP de maneira remunerada, a questão ética é de natureza moral e também legal, uma vez que há leis que proíbem tal prática. E, neste caso do “três contra um”, nem se trata de um dilema ético, a bem da verdade. Se há regras, e elas estão sendo cumpridas, inclusive na intenção dos agentes, não há questão ética a discutir – não se trata de uma questão de Justiça aqui. Senão, o aeroclube deveria permitir que alunos pobres voassem sem pagar, afinal de contas, não seria “justo” impedir que futuros pilotos não realizem seus sonhos só porque não têm dinheiro, não é mesmo? (E se isso levar o aeroclube à falência, fazer o quê?…). Quando o aeroclube recusa-se a oferecer voos gratuitos para alunos carentes, ele está sendo correto, não justo. Então, por que no meu caso ele deveria ser justo ao invés de correto?

Bem… Mas vocês sabem como esta história terminou? Eu disse que não saberia dizer se aquilo era ou não justo, mas tinha certeza de que eu ficar com o avião naquela tarde era o certo; assim, não abriria mão do meu voo. Eis que, misteriosamente, descobriu-se que uma revisão de 100h havia acabado de vencer no avião, e que ninguém poderia usá-lo; independente do que é certo ou justo, a aeronave deveria ir para a manutenção. Óbvio que aquilo era uma fraude (cometida por quem clamava por ética, veja só!), uma saída honrosa que o instrutor arrumou para não dar o braço a torcer. E foi também a gota d´água para eu decidir por me transferir para outra instituição, no caso uma escola privada, onde exista um dono para quem eu possa reclamar, e não tenha que ficar à mercê de egos superinflados num ambiente em que todo mundo manda (menos, é lógico, o aluno). O que eu queria evidenciar com esse causo pessoal é que, às vezes, as pessoas querem ser mais éticas do que precisariam ser, e acabam metendo os pés pelas mãos. Ética é muito importante na nossa vida, sim; mas isso não significa que devamos agir como justiceiros por causa disso!

Mais sobre “ética na aviação”: o excelente artigo do Cmte. Marcelo Quaranta

Para quem se interessou pela discussão, e ampliando um pouco o foco da “ética na instrução aeronáutica” para a “ética na aviação”, eu recomendo a leitura deste artigo, do Cmte. Marcelo Quaranta. O Marcelo é um aviador experiente, com muitos causos para contar, e que tem uma atuação muito digna na aviação, em defesa da ética. Eu o conheci na luta pela não aprovação da mudança do CBA que permitiria a entrada de pilotos estrangeiros no Brasil, em que o Marcelo é um dos líderes. Eu acho que vale a pena ler o texto do Marcelo porque todos nós, no decorrer de nossas carreiras como aviadores, iremos passar por situações de dilemas éticos parecidos com os que o Marcelo comenta. Então, vale a pena já ter feito uma reflexão prévia sobre o assunto, pois isso irá facilitar decidir como agir quando a batata quente surgir na sua frente.

– x –

Este é o vigésimo artigo que eu escrevo para o Canal Piloto. Tem sido muito gratificante escrever neste espaço, pois é uma oportunidade de refletir sobre textos que eu já havia escrito e melhorá-los, além de uma oportunidade única para aumentar a interatividade com os meus leitores. Gostaria de agradecer a todos vocês que me leem, que comentam meus posts, que discutem meus artigos nas redes sociais. Muito obrigado mesmo!

Entretanto, a lista dos assuntos que eu queria tratar está se esgotando. Eu não tenho tanta coisa assim para falar sobre instrução aeronáutica (na verdade, eu escrevo baseado na minha própria experiência, e eu preciso adquirir mais experiência na aviação para poder escrever mais). E não é meu objetivo “encher linguiça”, pelo contrário: se tem uma coisa que eu respeito ao máximo é o tempo do meu leitor. Eu só escrevo o que acho que é essencial que o outro saiba; se a informação for supérflua, eu não a coloco no papel. Aliado a isso, há o fato de que eu assumi novas responsabilidades profissionais recentemente, que reduziram drasticamente meu tempo útil para escrever.

Por isso, eu vou precisar reduzir a periodicidade da minha coluna, que hoje é semanal, para mensal. Ao invés de publicar um novo artigo toda 5ª feira, a partir de agora meus textos irão para o ar toda primeira 5ª feira de cada mês. Uma outra mudança decorrente desta diz respeito à política de comentários. Como o prazo entre um artigo e outro agora vai ficar muito extenso, e o Canal Piloto é um blog muito ativo, meus artigos vão ficar “soterrados” por uma quantidade incrível de posts, e até eu vou ter dificuldades para localizá-lo e responder os eventuais comentários. Então, a partir deste artigo, eu vou replicar o texto da coluna no meu bloguinho, e só vou me comprometer em responder os comentários lá publicados. Estou fazendo isso somente para facilitar a minha rotina, não tenho nenhuma restrição aos comentários aqui postados, e quando eu puder, eu também os responderei. Mas quem quiser ter a certeza de que o comentário seja respondido, peço a gentileza de postá-lo no Para Ser Piloto.

É isso, pessoal. Um grande abraço, e até o dia 5 de abril, a primeira quinta-feira do mês que vem, quando eu vou publicar meu próximo artigo aqui. Até mais!

Alexandre Sales
Redes
Latest posts by Alexandre Sales (see all)