EUA lembram 11 anos do 11 de Setembro

posted in: Canal Piloto Reporta | 1

Em New York, Washington e em uma zona rural na Pensilvânia, milhares de pessoas se reuniram nessa terça-feira (11), para marcar o 11° aniversário dos atentados do 11 de Setembro. Porém, no principal desses locais, o Marco Zero, no centro de Manhattan, esteve ausente um importante elemento das cerimônias de anos anteriores: os discursos dos políticos.

Na manhã de 11 de setembro de 2001, militantes islâmicos da Al Qaeda sequestraram quatro aviões que haviam acabado de decolar e atiraram dois deles contra as torres gêmeas do World Trade Center, em New York. O terceiro avião foi lançado contra o Pentágono, nos arredores de Washington, e o quarto caiu na Pensilvânia após uma luta entre os passageiros e os sequestradores, o que evitou que a aeronave fosse também jogado contra algum alvo — provavelmente o Congresso.

Durante anos anteriores, presidentes, governadores e prefeitos de Nova York, entre outros políticos, participaram da leitura dos nomes das vítimas ou de leituras de passagens bíblicas e literárias no local onde ficava o WTC, e que foi rebatizado de Marco Zero.

Dessa vez, apenas as famílias dos mais de 2.750 mortos nos atentados subiram ao palanque para ler seus nomes. Os políticos puderam estar presentes, mas precisaram seguir regras estabelecidas em julho pelo Memorial e Museu Nacional do 11 de Setembro, presidido pelo prefeito de Nova York, Michael Bloomberg. Nas cerimônias em outros lugares, no entanto, discursos políticos estavam liberados.

O presidente norte-americano, Barack Obama, e sua mulher, Michelle, participaram de um minuto de silêncio no gramado da Casa Branca e da cerimônia no Pentágono, segundo sua assessoria.

No Pentágono, em Washington, onde mais de 180 pessoas foram mortas, o secretário de Defesa, Leon Panetta, discursou em uma cerimônia aberta apenas a parentes de vítimas. O vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, falou em Shanksville, onde caiu o voo United 93.

“A forma como lidamos com o legado dessas 40 pessoas e com o que elas fizeram, o que elas evitaram que acontecesse, é realmente mais uma declaração sobre nós mesmos, sobre o que valorizamos como sociedade”, disse Patrick White, primo de uma das vítimas e atual presidente da entidade Famílias do Voo 93.

Como em vários anos anteriores – e no próprio 11 de setembro de 2001 – as cerimônias de terça-feira ocorreram sob céu claro e com o frio que prenuncia o outono.

Em Nova York, houveram minutos de silêncio nas horas exatas dos impactos dos aviões – 8h46, 9h03, 9h37 e 10h03 (hora local, uma a menos que Brasília). Momentos de silêncio adicionais foram observados às 9h59 e 10h28, momento em que as torres desmoronaram.

Por Antonio Ribeiro
Imagem: Reprodução 

Renato Cobel
Redes