Segundo Nota da ANAC, nessa última quinta-feira (5), alguns familiares de vítimas do acidente do voo Gol 1907 estiveram em Brasília, no prédio da ANAC, para realizarem uma reunião com representantes de autoridades do governo brasileiro, inclusive com representantes da presidenta Dilma Rousseff, do Itamaraty (Ministério das Relações Exteriores), e da Secretaria de Aviação Civil, além de representantes da própria ANAC.
O motivo da reunião era verificar as sanções administrativas adotadas contra os pilotos do Legacy, que atingiu o Boeing da Gol. As multas emitidas aos pilotos do jatinho também foram verificadas. Outras medidas ainda correm em sigilo, para não afetar os trâmites dos processos, que é bem sensível.
A Associação de Familiares e Amigos das Vítimas do Voo 1907 busca o apoio da mídia, pois teme que o assunto não seja colocado em pauta, já que o julgamento dos pilotos ainda está previsto para agosto desse ano.
“Estamos tão perto de conseguir a justiça neste crime ainda tão dolorido; por isso a mídia é tão importante para nós, familiares, para que não deixe que esses quase 6 anos sejam esquecidos pelos brasileiros. Quem sabe agora, com o julgamento e a devida condenação dos culpados, possamos dar às 154 vítimas o descanso merecido” declarou emocionada Rosane Gutjahr, diretora da Associação de Familiares e Amigos das Vítimas do Voo 1907.
O Boeing 737-8EH da Gol, prefixo PR-GTD, foi atingido em pleno voo pela ponta da asa do Legacy N600XL da Excel Aire, pilotado pelos americanos Joseph Lepore e Jan Paul Paladino. O transponder do jato executivo estava desligado, e problemas no controle de tráfego aéreo brasileiro contribuíram para a tragédia.
O que intriga é que, se o avião derrubado fosse americano, e os pilotos do jato que a derrubaram fossem brasileiros, pesadas multas seriam aplicadas ao Brasil, além dos pilotos brasileiros estarem presos até hoje, como dois terroristas. Cadê a agilidade das autoridades brasileiras?
Por Antonio Ribeiro
