Formação de Piloto Comercial nos EUA 12

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Saudações amigos do Canal Piloto.

Meu nome é Roger Marcellus e essa é a coluna Formação de PC nos EUA

Hoje, gostaria de dividir com todos vocês uma experiência nova que está virando febre nos Estados Unidos: A substituição das cartas em papel pelo iPad.

Após um período sem voar, hora por causa da meteorologia e hora por causa da falta de fundos, tive que realizar o Stage Check novamente. Para esse voo, iriamos decolar do Potomac Airfield (KVKX) e iriamos até o aeroporto de Stafford, fariamos uma aproximação LOC 33, pouso, nova decolagem e retorno a VKX realizando uma aproximação RNAV 06 e circulando para a pista 24, pura rotina.

Para animar um pouco as coisas, nesse voa ao invés de usar Cartas de papel eu usaria meu iPad mini, para navegação e aproximações.

Eu acredito que o iPad mini tem o tamanho ideal para o cockpit do C172 e similares, o tablet de tamanho normal ficaria extremamente desconfortável para os pilotos maiores. Um pouco maior que uma kneeboard tradicional, o tablet pode ser usado como kneeboard ou pode ser fixado no manche.

A quantidade de apps disponível para o público da aviação é muito grande. Aqui nos EUA podemos destacar o AOPA FlyQ EFB e o ForeFlight como os dois pricipais, falarei sobre eles em uma outra oportunidade. Existem também aplicadtivos para auxiliar os pilotos no processo de decisão   de pista a ser utilizada e os limites operacionais da aeronave.

Existem apps para mostrar imagens reais de satélite e radar, facilitando o planejamento de rota.

Para esse Stage Check, o tempo não estava ajudando, portanto seria uma situação de IFR real. Na decolagem de VKX preparei a carta de RNAV 06 do VKX, pois poderia ser necessário um retorno rápido ao aeroporto. Com alguns simples toques na tela, a carta estava travada na tela, decolagem e emergência brifados, alinhamos na pista 24 e decolamos.

Após cruzar 400ft efetuei uma curva a esquerda chamei o Potomac Departure, e novamente com alguns toques iniciei o moving map que tinha minha rota traçada. Uma coisa muito boa é que eu ainda tinha sinal 4G LTE e recebia as atualizações de meteorologia.

O procedimento de chegada no aeroporto de Stafford seria uma vetoração para uma aproximação visual, meu instrutor solicitou ao controle que complicasse para mim, pois estávamos em treinamento, fomos autorizados a bloquear o VOR de Brooke e seguir com a aproximação completa para o LOC da 33 em Stafford.

Mais uma vez alguns cliques e a carta estava carregada e desta vez via um pequeno avião verde que mostrava minha extra posição na aproximação.

Ao pousar, rapidamente solicitei o encerramento do plano de voo, pelo iPad, e decolamos novamente do meio da pista. A volta para VKX foi tranquila, inclusive com os mesmos “mimos” do voo de ida, a aproximação (RNAV 06) também foi feita com a carta virtual, mesmo circulando para pouso na 24. Desta vez não foi necessário encerrar o plano de voo (devido as regras especiais da FRZ).

A tecnologia é uma enorme aliada na rotina de um piloto, principalmente quando você está sozinho em uma aeronave sem autopilot e tem que lidar com várias situações ao mesmo tempo. A única coisa ruim é que a maioria desses apps tem uma assinatura anual e claro você deve estar preparado, com as cartas já carregadas e sempre tendo o backup no papel pois a tecnologia não é 100% infalível.

Semana que vem contarei em detalhes esse Stage Check.

Até semana que vem.

Roger Marcellus
roger.marcellus@icloud.com
Twitter:@rmarcellus

Renato Cobel
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