Formação de Piloto Privado nos EUA 15

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Saudações leitores do Canal Piloto,

Eu sou Claudio Motta, essa é a coluna de formação de PP nos EUA, e hoje vou relatar o meu 11° voo.

Como alguns de vocês sabem, o ano letivo aqui nos Estados Unidos começa em agosto e termina em maio ou começo de junho normalmente, devido ao fato que o verão no hemisfério norte é em junho/julho/agosto.

E devido a que o contrato do meu pai com a empresa que ele atualmente trabalha, especifica que temos 1 passagem de ida e volta no trecho McAllen-Natal, RN por ano, normalmente utilizamos essa passagem no verão e aproveitamos as férias com a família.

Por esse motivo fiquei sem voar por 3 meses, e ao retornar, o resultado não foi dos melhores, como vocês podem imaginar.

O primeiro problema veio ocorrer no momento que eu cheguei na McCreery.

Logo depois de chegar de viagem, eu tinha marcado um voo para o sábado seguinte, e como havia perdido meu chip do celular americano na viagem ao Brasil, estava incomunicável.

Então, uma bela manhã de sábado, eu acordei cedo, e rumei ao aeroclube, porém ao chegar lá, tive a “agradável” surpresa que o meu TSA clearance tinha expirado. Com isso, só me restou aplicar para a renovação (o que fiz, lá mesmo), pagar $130,00 e aguardar a aprovação. Como não era a primeira vez, não precisei enviar os fingerprint novamente.

O Mike me falou que tinha um horário disponível na quarta-feira às 9:30 da manhã, e que eu podia arriscar e ver se até lá a aprovação chegava.

Na segunda e terça eu literalmente checava o site em que aplicamos a cada hora para ver se a bendita solicitação tinha sido aprovada, e nada.

E na quarta, às 7:10 ainda não havia sido aprovada. Já havia perdido as esperanças de voar naquele dia, porém resolvi dar uma ultima checada as 8:30, e não acreditei quando vi que já estava apto para voar novamente.

Tomei um banho e fui para o aeroporto, e ao chegar lá, o Mike falou que iríamos fazer TGL em Edinburg . Peguei o kit da aeronave, anotei o ATIS, e fomos pro pátio.

Após a Preflight inspection (que por sinal eu me atrapalhei e esqueci de abaixar os flaps), acionei o N97019 e chamei o solo para táxi.

Depois de um tempo sem voar, você se sente bem estranho ao manipular os controles da aeronave, e tive que me concentrar bastante para manter a aeronave centrada na taxiway.

Ao chegar na barra de espera, chamei a torre e solicitei decolagem para o setor N. Fomos instruídos a aguardar um C308 (se não me engano) pousar, e após o pouso do mesmo fomos autorizados a alinhar e decolar na pista 13, livrando o circuito à esquerda em direção ao setor N.

No caminho para Edinburg, o Mike ia me contando sobre um aluno que reprovou no checkride devido a não conseguir prosseguir direto de McAllen para Edinburg, no caso o aluno seguiu a Highway até o aeródromo, mesmo depois de 1 ano voando naquela região.

Ao nos aproximar do aeródromo, descemos de 2500′ para 1500′ e cruzamos para ingressar na perna do vento da 14. Na perna observamos um C170, ou 180 taxiando para a cabeceira, fazendo aquele táxi em S devido ao trem convencional. Vinhemos para o pouso e: “PÁAA”. Não me surpreenderia se tivesse afundado a pista (rsrs).

Livramos a pista e taxiamos para a cabeceira novamente, enquanto escutava o piloto da aeronave na cabeceira perguntar se nossas costas estavam bem, e reportar a decolagem, o Mike respondeu com uma risada rápida e um “have a good flight” e alinhamos novamente.

Depois disso seguiu-se uma sequencia de 5 TGL’s aonde o Mike me ajudou a recuperar um pouco as minhas habilidades.

Após o 5° TGL, livrei o circuito pela direita e proei a aeronave para um prédio que se encontra a aproximadamente 3 milhas da cabeceira 13 de McAllen, e subi para 2500′ pés. Após alguns minutos chamei a torre McAllen 10nm ao norte e fomos instruídos a reportar na perna base. Reportamos na base, no exato momento em que um MD-80 da AA tocava a pista, e para evitar a esteira de turbulência do mesmo, o Mike me pediu que tocasse mais à frente na pista.

Aproximadamente 10 minutos depois, estava com o logbook assinado, esperando meus pais enquanto conversava com um senhor de aproximadamente 60 anos que estava planejando uma navegação no seu Husky.

Espero que tenham gostado,

Cláudio Motta

Renato Cobel
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