Formação de Piloto Privado nos EUA 25

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Formação de Piloto Privado nos EUA 25
Texto: Claudio Motta – Vitrine: Eduardo Godoi

Saudações leitores do Canal Piloto, 

Eu sou Claudio Motta, e essa é a coluna de formação de PP nos EUA.

Depois de ter três vôos cancelados devido ao mal tempo, finalmente consegui um dia bom para voar. O voo estava marcado para às 18:00, porém, como minha mãe tinha uma consulta no dentista as 17:00, me deixou no aeroporto às 16:30.

Ao chegar, me dirigi à recepção para checar qual aeronave o Mike havia reservado para mim, já que o horário das 18:00 teoricamente não existe, mas já que no verão temos luz até as 20:00, alguns instrutores ficam até mais tarde.

A aeronave era o N65040, que estava em uma navegação e deveria retornar por volta das 17:30. Como o Mike estava em uma sessão de ground school com um aluno, fui para a Flight Planning Room, checar o METAR. O vento soprava à 17kt, então concluí que provavelmente não iria solar outra vez.

Depois disso fiquei observando por alguns minutos 2 Citations, um mexicano e outro americano, que estavam bem em frente da porta, e em seguida fiquei observando as vitrines com alguns artigos de jornal e revista que contam um pouco da historia do aeroporto.

O N65040 retornou da navegação às 17:40, e enquanto o aluno, que havia realizado a navegação solo foi discutir sobre o voo com o Mike, eu fui checar as condições meteorológicas mais uma vez. Já com a informação Alpha no kneeboard, retornei ao lobby aonde o instrutor estava me esperando.

Como eu esperava, ele me falou que não seria possível que eu fizesse o segundo solo, e me perguntou se eu queria subir para praticar o circuito ou remarcar o voo. Já que eu tinha esperado quase duas horas, e já havia perdido 3 oportunidades para voar, perguntei a ele se não podíamos continuar com a próxima missão e deixar os outros dois solos para depois.

Ele falou que normalmente não faria isso, porém para evitar que eu ficasse muito tempo sem voar, faríamos short/soft field takeoff/landing.

Fomos para a aeronave, e mais uma vez eu quase me esqueci de virar a aeronave antes de acionar (rsrs).

Já acionado, chequei o ATIS novamente e a informação Alpha seguia sendo transmitida, então chamei o solo para táxi. Fomos autorizados a prosseguir na retaguarda de um Mooney, com matricula mexicana (e inglês péssimo por sinal).

Quando nos aproximávamos do ponto de espera, o Mike apontou que a aeronave havia cruzado o mesmo e estava bem próximo da pista. Como já estávamos quase lá, mudamos para a frequência da torre, bem à tempo de escutar o controlador instruindo o piloto a dar meia volta e se posicionar do outro lado do ponto de espera.

O Mike havia me mostrado como fazer o runup durante o táxi, portanto estávamos prontos para decolar, porém resolvi manter distancia e aguardar o Mooney retornar ao ponto de espera para chamar a torre.

Após a decolagem da aeronave, chamei a torre, e fomos autorizados a decolar com circuito pela direita. O Mike então falou que iria demonstrar um soft field takeoff. Após sair do ground effect, retornei ao controle da aeronave, e o Mike me explicou novamente como seria o pouso, pois mesmo eu já tendo feito um soft field algum tempo atras, não me lembrava muito bem.

Ele decidiu não demonstrar o pouso, mas sim ir talking me through it, pois a maior diferença de um pouso normal é a necessidade de aumentar um pouco a potencia antes de tocar, manter a nose-wheel for a do solo o maior tempo possível, e não parar na pista.

Após o pouso, o Mike pediu que eu fizesse um soft field takeoff, e assim o fiz. Com os flaps em 10°, manche todo  atrás, comecei a aumentar a potencia e diminuir a pressão no manche gradualmente para evitar sair do solo muito lento.

À 55kts saimos do solo e ficamos no Ground Effect até atingir a Vy (75kt) quando realizamos uma subida normal.

Após realizar dois soft field landings e takeoffs, partimos para o short field takeoff, onde mais uma vez o Mike demonstrou a decolagem, e foi me “guiando” no pouso.

Vinhemos com flaps 30°, a 61kts, e imediatamente após o toque, recolhi os flaps e comecei a freiar, O Mike havia dito que nossa meta era parar antes marca dos 1000 pés, e assim o fiz.

Realizamos um outro short field landing e takeoff, porém, devido à esteira de turbulência de um A320 da United que havia acabado de pousar, o Mike me pediu para realizar um pouso normal na segunda marca após a dos 1000 pés.

Fomos autorizados táxi via Charlie, cruzando a 18 aonde preferíssemos, até o patio da McCreery.

Durante o táxi fomos conversando sobre o mercado de trabalho nos EUA, e ele me contou um pouco de quando voava na comercial.

Após cortar fomos para a recepção, realizei o pagamento, e tive o logbook assinado, e fui para casa feliz, com uma hora a mais e mais uma etapa completa.

Espero que tenham gostado,

Claudio Motta
claudiomottac@yahoo.com

Renato Cobel
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