Gigante em leasing de aeronaves está sendo vendida à consórcio chinês

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O grupo estadunidense AIG, dono da ILFC, a segunda maior empresa de leasing de aviões do planeta, afirmou que venderá quase toda a empresa a um consórcio chinês por até 4,8 bilhões de dólares, dando ao mercado de aviação que mais cresce no mundo acesso mais fácil e barato a aeronaves.

Várias empresas aéreas da China demonstraram interesse em adquirir a companhia. A transação dará à China acesso a uma rede global de quase 200 aviões em 80 países. A China já é o maior cliente da ILFC, que tem 180 aviões operando no país, onde responde por 35 por cento do mercado.

“É o maior negócio em leasing de aviões que já tivemos no mundo e é muito ambicioso. Acreditamos que não há aeronaves suficientes encomendadas na China atualmente. O acordo ajudará as companhias aéreas chinesas a terem acesso a mais aviões”, afirmou Paul Sheridan, diretor para a Ásia da consultoria em aviação Ascend Advisor.

Nessa sexta-feira (07), o grupo estadunidense admitiu estar em negociações para vender o negócio para chineses, e que submeterá a compra às autoridades norte-americanas que cuidam de investimentos estrangeiros, que podem vetá-la por motivos de segurança.

O consórcio chinês –formado por China Aviation Industrial Fund, P3 Investments e New China Trust, este 20% pertencente ao Barclays– comprará 80,1% da ILFC por 4,23 bilhões de dólares, com opção de adquirir outros 9,9 por cento. Um braço do Banco Industrial e Comercial da China, maior banco chinês, entrará no negócio após a aprovação regulatória.

A lenda do leasing de aviões, Steven Udvar-Hazy, foi o fundador e quem vendeu a ILFC à AIG em 1990. A empresa está entre os maiores donos de jatos de passageiros do mundo, estando atrás apenas da GECAS, divisão da General Electric.

Em suas quase quatro décadas de existência, a ILFC comprou mais de 1.500 jatos da Boeing e Airbus e atualmente tem uma carteira de mais de 1.000 aviões proprietários ou administrados. A empresa tem encomenda de 239 aviões, incluindo os novos Boeing 787 e Airbus A320 NEO.

Por Antonio Ribeiro
Imagem: Reprodução

Renato Cobel
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