Gol nega possibilidade de volta da Webjet

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Durante a reunião com o ministro da SAC, Wagner Bittencourt e representantes da ANAC, Paulo Kakinoff, presidente da Gol, foi categórico em afirmar que não há possibilidade de a Gol reverter a decisão de encerramento das atividades da Webjet

“A decisão está ligada ao aspecto técnico de não trabalharmos mais com os aviões Boeing 737-300, que têm 21 anos de uso e consomem 30% a mais de combustível (que os aviões Boeing 737-700/800 operados pela Gol)”, explicou Kakinoff. O executivo lembrou que as despesas com combustíveis representam aproximadamente 45% dos custos de aviação da companhia.

Vale lembrar que essa novela começou na última sexta-feira (23), quando a Gol anunciou o fim das operações da Webjet, previsto para Julho de 2013, além da demissão de 850 colaboradores da Webjet. Os 20 Boeing 737-300 remanescentes da Verdinha serão devolvidos até o fim do primeiro semestre do ano que vem.

“A Gol opera no mercado nacional com aproveitamento de capacidade em torno de 70%, o que permite absorver a malha da Webjet e, com isso, mitigar parte dos custos excessivos”, afirmou Kakinoff.

Ainda de acordo com o presidente da empresa, as demissões estão ligadas ao excesso de funcionários após o fim das operações das aeronaves e ao mau momento do setor.

A Aviação Comercial no país vive o pior ano de sua história, em termos de resultados operacionais. A Gol, especificamente, tem prejuízo acumulado de R$ 1 bilhão.

Bittencourt avalia que o encerramento das atividades da Webjet não causará problemas para os consumidores. “A Gol está tomando todas as providências, inclusive não tivemos problema nos últimos dias em que isso aconteceu”, disse o ministro.

Kakinoff ainda disse que todos os passageiros da Webjet foram realocados para voos da Gol e o planejamento inclui também os períodos de alta temporada. As duas companhias aéreas têm um plano especial de fim de ano, que será oportunamente informado pela SAC e pela ANAC, disse.

Do outro lado da questão, o ministro não comentou as demissões. “O governo está acompanhado, sempre acompanha, e discute todas as questões do setor”, acrescentou, destacando a governança do setor, que, conforme uma avaliação pessoal, promove o “desenvolvimento equilibrado”.

Por Antonio Ribeiro
Imagem: Aeroporto Pinto Martins

Renato Cobel
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