Nessa segunda-feira (29), a Gol anunciou que concentrará sua expansão no mercado internacional, especialmente nos Estados Unidos. A companhia afirmou que criará um hub em Santo Domingo, na República Dominicana.
Numa segunda etapa, a companhia oferecerá voos a Atlanta, por meio de sua sócia minoritária Delta, que cobre todo o território americano e tem voos diretos para Ásia e Europa.
Estrategicamente, esse “é o movimento mais relevante para a Gol nos últimos tempos, com impacto também relevante ao longo dos próximos anos”, explica o presidente-executivo da Gol, Paulo Kakinoff.
Atualmente, 8% de todo o lucro da Gol vem do mercado internacional, e essa porcentagem deverá crescer nos próximos anos. Mas a estratégia no front doméstico é a oposta: a oferta, que já encolheu neste ano, deve continuar sendo reduzida em 2013.
O presidente da empresa, Paulo Kakinoff, afirmou que a companhia iniciou as vendas de voos para Miami e Orlando, todos com paradas em Santo Domingo, a companhia estuda incluir voos para Los Angeles, New York e Las Vegas, e até para o México.
“Nesse momento, a gente achou uma alternativa que é muito interessante para nós em dois sentidos: alcançar uma nova fronteira com o nosso avião, que é o mercado americano, tendo um modelo que comprovadamente tem demanda, um modelo explorado de forma intensa pela Copa Airlines”, explicou.
A Gol e a Copa têm um acordo de code share desde 2005, e operam basicamente as mesmas frotas, com exceção dos Embraer 190 da panamenha: “A Copa, pelo Panamá, faz a conexão entre a América do Sul e a América do Norte. A gente vai fazer um modelo similar em Santo Domingo”, ratificou o executivo.
A Laranjinha ampliará seus voos nos EUA por meio de um acordo com a Delta, sua sócia minoritária. A ideia é vender no site da brasileira todos os voos que a companhia estadunidense opera a partir do seu centro de conexão de voos, em Atlanta.
“Vamos gerar um ponto de conexão entre as duas empresas. Aonde a Delta não voa de Santo Domingo, a Gol fará a oferta. Onde existe voo da Delta, como entre Santo Domingo e Atlanta, levaremos o passageiro Gol para Atlanta. De lá, a Delta tem voos diretos para toda a América do Norte, para a Europa e para a Ásia”, diz Kakinoff.
“Nossa expansão, na América do Sul, deverá se manter no ritmo atual, o de uma avaliação constante de malha para identificar um ou outro destino interessante. Mas não um salto, um crescimento tão significativo de malha como esse que nós poderemos ter a partir de Santo Domingo, em especial em parceria com a Delta”, disse.
Por Antonio Ribeiro
Imagem: Mauricio Sato/JetPhotos.Net
