Nessa quinta-feira (02), o governo português afirmou que irá de fato privatizar a companhia aérea estatal TAP – Transportes Aéreos Portugueses, de acordo como previsto no Plano de Recuperação Econômica de Portugal. A medida é uma dentre várias para recuperar a economia do país, que se encontra em uma crise financeira assim como outros membros da União Europeia. Porém, nenhum prazo ou valor estimado foi divulgado até agora.
De acordo com o Conselho responsável, a operação de privatização da companhia deverá acontecer em duas fases: uma venda direta a um ou mais investidores e uma oferta pública reservada a trabalhadores da empresa. “As operações previstas nas duas fases podem ser feitas total ou parcialmente, numa ou mais vezes, simultaneamente ou em momento anterior ou posterior entre si”, informou o Conselho.
A empresa faz parte do programa de privatizações previstas no programa de resgate externo da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional (FMI) à Portugal, com o objetivo de reforçar o peso das empresas privadas na economia, a exemplo da Ana –gestora das infraestruturas dos aeroportos de Lisboa, Porto Algarve e Açores, territórios portugueses.
A privatização da TAP poderá atrair o interesse de várias companhias aéreas internacionais, como o grupo IAG, resultado da fusão entre a britânica British Airways e a espanhola Ibéria, que já disse estar interessada; a Latam, maior companhia aérea da América Latina; a colombiana Avianca, a alemã Lufthansa, e a Qatar Airways. A Gol também poderá estar interessada na privatização da companhia, já que precisa fazer frente à Latam.
A TAP S.A. engloba o serviço de transporte aéreo e a unidade portuguesa de manutenção e engenharia; teve um lucro de apenas € 3,1 milhões em 2011, face ao lucro recorde de € 62 milhões em 2010. A situação não está nada estável.
Por Antonio Ribeiro