A partir de 13 de Dezembro próximo, uma determinação do Serviço Regional de Proteção ao Voo (SRPV-SP) elevará em duzentos pés a altitude de voo dos helicópteros que sobrevoam diariamente a cidade de São Paulo (SP). A ideia é minimizar o ruído em bairros residenciais como Lapa, Butantã e Pinheiros, na zona oeste, que concentram as reclamações.
Atualmente, São Paulo possui 23 Rotas Especiais de Helicópteros (REH), uma espécie de aerovia, onde é permitido voar. E todas essas aerovias deverão ser afetadas pela medida.
Em alguns corredores da Lapa, por exemplo, os helicópteros voam a 3.000 pés, ou 914 metros. Quando a medida for implantada pelo órgão, a altitude de voo passará a ser 975 metros.
Na Marginal Pinheiros, o voo é realizado a 883 metros de altitude.Mas devido à grande quantidade de queixas recebidas, os pilotos passam a voar com altitude acima de 1 quilômetro, ganho até maior do que os 60 metros.
“Existe um plano da ANAC para diminuir ruídos. Elevar o nível dos corredores é nossa contribuição”, explicou Carlos Heredia, consultor do SRPV, durante o Seminário da Associação Brasileira de Pilotos de Helicóptero (ABRAPHE), na quarta-feira (07).
Marion Lautenberg, presidente da Sociedade de Moradores do Butantã, explica que a medida é um ‘sopro de ventos melhores’.
“A gente só saberá se vai melhorar quando entrar em vigor. Também não adianta colocar uma placa de contramão em uma rua se as pessoas continuarem entrando. É preciso fiscalizar”, afirmou.
Um problema frequente é que as aeronaves ‘cortam caminho’ de forma irregular em algumas viagens, saindo das aerovias preestabelecidas. Na Lapa e na Vila Romana isso é mais frequente, e há uma campanha constante por parte da ABRAPHE e do SRPV para que os pilotos evitem essa região.
“A medida é uma maravilha, mas eles precisam parar de querer cortar caminho por aqui. A cada 10 minutos passa um helicóptero”, diz Maria Laura Fogaça Zei, presidente da Associação de Moradores pela Preservação do Alto da Lapa e Bela Aliança (Assampalba).
Por Antonio Ribeiro
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