Com o objetivo de revolucionar a atual atividade aeroportuária, o atelier austro-holandês Büro für Mehr criou um novo modelo de aeroporto, que se baseia em um sistema de drive-through. Esse sistema é semelhante a uma linha de montagem, onde cada local realiza apenas uma função. Os aviões passam por várias estações, que lidam sucessivamente com embarque, desembarque, limpeza, abastecimento de combustível e catering.
Com o passar dos anos, o crescimento do transporte e tráfego aéreo implica em aeroportos maiores, com dimensões inéditas, implicando maiores distâncias de viagem no aeroporto (taxiamento, decolagem, pouso), maior congestionamento, poluição e atrasos dos voos, gerando desperdício e prejuízos para a companhia, já que boa parte dos gastos das companhias são de operações em terra. Mas por mais que se evolua na redução do consumo dos aviões, os custos se mantêm praticamente inalterados.
No procedimento tradicional, a aeronave fica estacionada em uma ponte de embarque ou em uma área remota, fazendo que os veículos de assistência tenham que se deslocar entre o terminal e o avião. Nesse novo procedimento, o avião é que se desloca ao encontro dos passageiros e da assistência operacional, onde cada seção faz apenas o seu trabalho.
Após o pouso, as aeronaves formam uma “fila indiana”, sendo integradas em sistemas lineares com três estações, dedicadas ao desembarque e embarque dos passageiros, além da assistência, sendo atendidas simultaneamente três aeronaves. Os passageiros dirigem-se diretamente para o terminal, que é em uma plataforma suspensa, nao tendo que se deslocar por grandes distâncias.
O novo conceito permite reduzir os custos globais e operacionais e diminuir as emissões de gases poluentes, possibilitando também a redução das distâncias percorridas pela tripulação e passageiros e do tempo de permanência em terra. Fica a dica para os novos aeroportos brasileiros.
Por Antonio Ribeiro
Revisão: Athos Gabriel
Dica do leitor: Anderson Souza
