Com o objetivo de evitar ataques e invasões virtuais, a Marinha dos Estados Unidos resolveu trocar o sistema operacional que controla seus aviões e helicópteros não-tripulados, já que softwares maliciosos podem invadir o sistema e mudar as funções das aeronaves ou obter dados sigilosos.
O Northrop Grumman MQ-8 Fire Scout é o primeiro modelo a usar o Linux. O Fire Scout consegue decolar e pousar verticalmente, sem nenhuma assistência. Com uma recarga de gás, o helicóptero opera por até seis horas, podendo carregar 270 quilos a uma velocidade de até 150 km/h, de acordo com as especificações do fabricante.
O helicóptero pode ser usado para pousar em grandes porta-aviões e terrenos impróprios para seres humanos, como uma área próxima de um vulcão ou uma região contaminada por radioatividade. Alguns testes foram feitos, como buscas por traficantes de drogas em regiões na América Latina. Porém, o governo americano não divulgou quais seriam as missões realizadas pelos modelos.
Para fazer a transição do sistema operacional antigo para o Linux, US$ 28 milhões serão gastos pela Marinha, seguindo o contrato divulgado. Há projetos da Marinha Americana de adquirir 168 helicópteros autônomos, do mesmo modelo da fabricante que os desenvolveu. Além disso, o exército americano afirmou que é necessário aprender com os erros do Windows, e que novos VANTs serão equipados com o sistema gratuito.
A alteração do sistema operacional pode estar ligada à algumas tentativas de “furtar” VANTs. Recentemente, um grupo de pesquisadores conseguiu “roubar” o sinal de um VANT americano, “falsificando” o sinal que envia os comandos para o veículo, o que poderia ter deixado as autoridades de cabelos em pé.
Por Antonio Ribeiro