Ministro da Secretaria de Aviação Civil pode estar com os dias contados no cargo

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No início de 2011, a presidenta Dilma Rousseff resolveu criar a Secretaria de Aviação Civil, que na prática, funciona como um ministério padrão. Para comandar o novo órgão, Wagner Bittencourt foi o escolhido pela presidente. Mas parece que a relação entre o ministro e o governo não anda boa.

Tudo começou antes do resultado do leilão de Guarulhos, Brasília e Viracopos, que desagradou ao Planalto e rendeu críticas pelo fato de ter deixado de fora grandes gestores aeroportuários. Bittencourt é criticado pela falta de autoridade, por não ter firmeza, não se impor e continuar agindo como se ainda fosse um técnico do BNDES (órgão de origem).

Além disso, a postura do ministro não pode ser justificada pelo fato de a SAC ser subordinada diretamente à Presidência e, por isso, dispor de pouca autonomia. “Todos são subordinados ao Planalto. O processo de concessão dos aeroportos está sendo conduzido pela Casa Civil”.

Wagner possui mais críticas no quesito viagens: O ministro não estava em Brasília entre terça e quinta-feira. Quando o ex-secretário-executivo, Cleverson Aroeira (que voltou para o BNDES recentemente) teve de fazer todas as indicações para a SAC. Cleverson foi substituído por Guilherme Ramalho. Mas nos bastidores, a versão é que Aroeira teria sido demitido por ordens do Planalto.

Segundo a assessoria de imprensa da SAC, Aroeira deixou o cargo por questões pessoais e ele mesmo indicou Ramalho. Fontes da Secretaria atribuem as críticas ao fogo amigo, de outras áreas (Ministério da Fazenda e ANAC). A SAC informou que o ministro não responderia às críticas sobre sua atuação, inclusive pessoais.

“A assessoria de imprensa da Secretaria de Aviação Civil (SAC) informa que é inverídica a informação de que a SAC não participa dos processos de discussão referentes ao planejamento do setor aéreo brasileiro”, diz a nota.

Cabeças irão rolar ou tudo acabará em pizza?

Por Antonio Ribeiro

Renato Cobel
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