Infelizmente nesse sábado (25) o mundo perdeu o primeiro homem a pisar na Lua. O astronauta americano Neil Armstrong tinha 82 anos e faleceu devido a complicações de uma cirurgia a qual foi submetido no começo deste mês, para desobstruir quatro artérias.
Armstrong se tornou o primeiro ser humano a pisar na Lua em 20 de julho de 1969, por ser o comandante da missão norte-americana Apollo 11. Os familiares do ex-astronauta divulgaram uma nota, onde o descrevem como “um carinhoso marido, pai, avô, irmão e amigo, além de um relutante herói americano que sempre acreditou que estava fazendo o seu trabalho”.
Exames realizados esse ano descobriram que quatro artérias coronárias de Neil estavam entupidas, obrigando-o a passar por uma cirurgia de emergência no início de agosto. O ex-astronauta vivia em Cincinnati, onde fica o hospital no qual fez os exames e foi operado. Porém, algumas complicações tiraram a vida do astronauta-líder da missão Apollo 11.
Armstrong nasceu em Wapakoneta, no Estado americano de Ohio, em 1930. Ele foi um apaixonado pela aviação e deixou a universidade em 1950 para lutar na Guerra da Coreia. Na luta, participou de 78 combates aéreos.
Após o conflito, começou a trabalhar como piloto de teste, levando a aeronave X-15 ao limite com o espaço. Foi um dos primeiros astronautas civis e participou do programa Gemini, da Nasa.
Em uma missão, uma falha no equipamento quase fez com que a nave se perdesse no espaço, Armstrong, conhecido por sua calma e frieza em momentos de crise, usou um sistema reserva para parar a nave (que girava sem controle) e fazer um pouso de emergência no Pacífico.
Porém, foi o programa Apollo que eternizou o nome deste americano. Atrás dos soviéticos na corrida espacial (que já haviam mandado o primeiro satélite artificial e o primeiro homem ao espaço, Yuri Gagarin), o então presidente americano, John F. Kennedy, prometeu, em 1962, que até o fim da década iria mandar americanos para a Lua.
A preparação incluiu o treinamento para aprender a controlar o módulo lunar, foi outro momento em que ele esteve próximo da morte. O astronauta teve que ejetar durante um voo para não morrer na queda do equipamento.
Em 16 de julho de 1969, Armstrong deixava a Terra a bordo de um gigantesco foguete Saturn V (o maior até hoje já construído) ao lado dos também americanos Buzz Aldrin e Mike Collins. No dia 20 do mesmo mês, Armstrong anuciava: “A águia pousou”. Pouco depois, pisava no nosso satélite natural ao lado de Aldrin. Collins ficou em um módulo em órbita.
Após a Apollo 11 e todas as honrarias que recebeu pelo feito, Armstrong dificilmente apareceu em público. Ele deixou a Nasa e foi para a Universidade de Cincinnati e depois trabalhou em empresas particulares. O homem reservado decepcionava muitos fãs ao frequentemente negar autógrafos e também aos jornalistas que pediam entrevistas. “Não quero ser um monumento vivo”.
“No meu ponto de vista, uma grande conquista da Apollo foi a demonstração de que a humanidade não está presa para sempre no seu planeta”, disse Armstrong em uma de suas raras aparições.
Por Antonio Ribeiro