Para ajudar na segurança civil durante as olimpíadas, a Inglaterra colocou em uma área civil vários mísseis terra-ar, batizados de Rapier, com alcance de até 8km. Os artefatos são capazes de derrubar um Boeing 747 com 400 passageiros, e terão a função de proteger o país e o estado Olímpico durante as olimpíadas de Londres, que começarão no dia 27 de julho.
Porém, alguns pacifistas acusam o Ministério da Defesa Britânico de instaurar um clima de medo, e alguns críticos qualificam as medidas – como a instalação de mísseis terra-ar, em um prédio de apartamentos vizinho ao Parque Olímpico, situado na zona leste de Londres, como uma ‘loucura olímpica’. Além disso, especialistas militares afirmam que a probabilidade de uso do armamento é mínima.
Além disso, caças militares, helicópteros e forças policiais participaram de exercícios de treinamento, para o esquema de segurança durante o evento esportivo. Aviadores, soldado e marinheiros também estão envolvidos no exercício e no esquema de segurança.
“Mais uma vez, houve uma reação completamente exagerada, que na verdade vai colocar as pessoas comuns sob um maior risco do que qualquer ataque externo extremamente improvável”, disse uma carta publicada no jornal esquerdista Guardian. Comandantes militares dizem que as manobras, realizadas entre 2 e 10 de maio, são necessárias para aquela que será a maior operação de segurança da história britânica em tempos de paz.
Caças Eurofighter Typhoon ficaram estacionados na Base Aérea de Northolt durante os exercícios, e sobrevoaram a cidade, onde testaram procedimentos de interceptação de qualquer avião que violasse as restrições do espaço aéreo londrino, que estarão em vigor durante as Olimpíadas.
O rio Tâmisa será patrulhado pelo porta-helicópteros HMS Ocean, e o navio HMS Bulwark estará ancorado ao largo de Weymouth, costa sul inglesa, local das provas de vela. Aviões Puma, helicópteros Lynx e aeronaves de vigilância também serão mobilizados para a segurança.
A Inglaterra é vista atualmente como um alvo extremamente relevante para terroristas. Só em 2005, atentados nos transportes públicos da cidade mataram 52 pessoas, entre eles o brasileiro Jean Charles de Menezes, confundido com um terrorista.
Cerca de 13,5 mil soldados participarão do policiamento durante a Olimpíada, mais do que o contingente britânico de 9.500 militares do país no Afeganistão.
Por Antonio Ribeiro