Para driblar filas, clientes realizam check-in pela internet

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O descompasso entre crescimento do número de passageiros e infraestrutura aeroportuária faz do Brasil um promissor mercado para o autoatendimento nos aeroportos. Recentemente, a IATA mostra que, até 2017, Brasil estará no grupo dos seis maiores mercados mundiais no uso de dispositivos móveis, como celulares e tablets.

O estudo mostra que os serviços serão usados para compra de passagens, check-in, despacho de bagagem e embarque, com índice de uso de cerca de 80%, competindo em igualdade com Estados Unidos, China, Reino Unido, França e Alemanha.

Além de cortar custos, as empresas querem reduzir o tempo de uso dos aeroportos, principalmente para os passageiros em viagens de negócios. Mas ainda há gargalos. O despacho da bagagem é feito da forma tradicional e alguns equipamentos que deveriam ler o cartão de embarque eletrônico apresentam problemas.

A Concessionária Aeroporto Internacional de Guarulhos S.A, que em novembro passou a administrar o aeroporto, informa que há estudos para instalar a opção de autoatendimento no despacho de bagagens. A empresa também planeja ter portões eletrônicos, que validariam o passaporte por meio do reconhecimento facial do passageiro.

“Hoje a equação, em todo o mundo, está em 20% de autoatendimento e 80% do modo tradicional, mas a tendência mundial é esse panorama ser revertido em dois ou três anos”, afirma Elbson Quadros, diretor de contas da Sita, líder mundial em tecnologia da informação para o transporte aéreo.

As duas maiores empresas do país, Gol e TAM, estudam o despacho automatizado de bagagens. Para isso, é necessário um totem de uso compartilhado, entre várias companhias, mais uma balança para pesar as malas. Esse totem também emitiria etiquetas e o próprio passageiro colocaria a bagagem na esteira.

Segundo o gerente de tráfego da companhia, Antonio Francisco de Luna Junior, a TAM estima estar apta a ser uma empresa 100% sem a necessidade de emissão de papel, desde a venda da passagem até o embarque em até três anos. Mas tudo dependerá da aceitação e utilização da tecnologia:

“A tecnologia agrega simplicidade. É o conceito de tornar a viagem mais simples”, explica o gerente, que também afirmou que em alguns aeroportos que têm o fluxo maior de passageiros de negócios, como Brasília (DF) e Porto Alegre (RS), o uso do autoatendimento é de até 60%. Neste percentual estão incluídos o totem, o check-in antecipado pela internet e o uso do smartphone.

Do outro lado, a Gol diz que tem um nível de utilização do autoatendimento entre 70% e 80% nos aeroportos de maior movimento, como Congonhas (SP). O numero inclui os totens, o check-in pela internet e pelo celular.como Congonhas, conforme Alessandro Minucci,  gerente de aeroportos da empresa.

“Está na mão do cliente se ele quer ou não usar [novas tecnologias]. A intenção é a de que todos os passos onde exista necessidade de interação humana, tenha uma ferramenta móvel junto, para ser opção e não obrigação”, afirma Minucci.

Por Antonio Ribeiro
Imagem: INFRAERO

Renato Cobel
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