Na próxima semana, uma equipe de peritos estadunidenses deverá ir ao Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), para avaliar se o MD-11 N988AR, que interditou o aeroporto de Viracopos por quase 48 horas no último fim de semana, voltará a voar. De acordo com a Centurion Cargo, dona do avião, os técnicos são da Boeing, fabricante do MD-11.
Vanderlei Morelli, diretor-geral da companhia no Brasil, afirmou que a avaliação dos técnicos será encaminhada para a seguradora da empresa, que definirá, a partir da dimensão dos estragos, se a aeronave será substituída por outra ou se serão realizados reparos.
“A concessionária deve definir dentro de duas ou três semanas isso. Vai depender da porcentagem do custo do conserto em relação ao valor da aeronave”, explica Morelli. O valor do seguro do avião pode chegar a R$ 160 milhões se ele for considerado economicamente irrecuperável.
A aeronave foi removida da pista de Viracopos na tarde da segunda-feira (15), 45h depois do incidente aéreo, e ficou estacionada na pista auxiliar de Viracopos. Só na madrugada desta sexta, a aeronave foi removida para o terminal de cargas da Infraero.
O Código Brasileiro de Aeronáutica estabelece que, se por algum problema, um avião bloquear a pista, é da empresa aérea a responsabilidade de retirar a aeronave. Se a companhia não apresentar recursos técnicos ou se não providenciar a retirada rapidamente, o código diz que é a operadora do aeroporto que tem que fazer a remoção.
Em Viracopos, a responsável pela operação é a estatal INFRAERO (a concessionária Aeroportos Brasil, que venceu o leilão, só deverá assumir no dia 14 de Novembro próximo), mas a estatal não tem nenhum equipamento para estas operações.
As causas do ocorrido deverão ser investigadas pelo CENIPA.
Por Antonio Ribeiro
Imagem: Lana Torres
