A cargo do estado uruguaio desde 15 de junho passado, a companhia aérea uruguaia Pluna anunciou nessa quinta-feira que suspendeu todas as suas operações por tempo indeterminado, devido sua situação financeira, atualmente delicada.
O comunicado divulgado ontem (05) afirma: “As Linhas Aéreas Uruguaias S.A anunciam a suspensão de todos os seus voos por tempo indefinido, em função da situação econômico-financeira da empresa, o que torna impossível garantir a adequada operação”. A empresa garante que dará toda a assistência necessária aos passageiros afetados, com o objetivo de obter a melhor solução possível.
A companhia, que já tinha sido do grupo Varig no passado, deu uma grande virada em 2007, quando o consórcio privado Leadgate comprou 75% das ações da companhia, trazendo novos Bombardier CRJ-900 e aposentando os valentes Boeing 737-200, ainda da época Varig, tornando-se uma companhia aérea bem competitiva. Mas os planos da empresa mudaram quando o consórcio Leadgate vendeu suas ações para o governo uruguaio, devido a falta de verbas para investir na empresa, e transferiu as ações de volta para o governo uruguaio.
Desde a terça-feira passada (3), os voos da empresa estavam cancelados, devido uma greve de funcionários, mas previsões da própria empresa diziam que as operações seriam retomadas nessa sexta-feira. O presidente da diretoria da empresa, Fernando Pasadores, afirmou que “a paralisação sindical agravou a já ‘crítica’ situação financeira da companhia”.
Após a saída da Leadgate, o governo uruguaio deu a companhia aérea canadense Jazz, sócia minoritária do grupo que abandonou a empresa, o prazo de 30 dias para decidir se compra ou não o total do capital acionário e recapitaliza a Pluna, mas o caso permanece sem solução. Boa sorte para a empresa.
Por Antonio Ribeiro
