Projetos suicidas e não tão suicidas assim: Não é o que parece

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O Vergeltungswaffe 1 Fi 103, ou somente FZG-76 (V-1), tem uma aparência similar à de um avião, contendo asas e até um motor. Mas as aparências enganam: este “inofensivo” avião nada mais é do que o primeiro míssil moderno guiado, usado em tempo de guerra.

O V-1 ficou conhecido pelos alemães como “arma de represália”. A sigla FZG vem de Flak Ziel Gerät, que significa “dispositivo de mira antiaéreo”. Mas claro que este foi só um nome de fachada, para gerar desinformação para as forças inimigas.

Desenvolvido pela Luftwaffe durante a Segunda Guerra, o V-1 sempre foi um projeto inusitado, mas totalmente inovador. Foi o início para as atuais bombas guiadas. O primeiro V-1 atingiu Londres em Junho de 1944, sendo que todos foram lançados do Canal da Mancha e da costa neerlandesa, até terem sido subjugados pelos aliados.

Mesmo com a captura, a Alemanha encontrou uma nova forma de lançar estes mísseis. Adaptadas para serem lançadas a partir de bombardeiros Heinkel He 111/H-22, foram lançadas um total de 1.176 bombas V-1. Posteriormente, receberam ajuda de foguetes mais sofisticados, com os modelos V-2.

Esses mísseis começaram a tomar proporções maiores quando foi criado o Esquadrão Leônidas, que nada mais foi do que um esquadrão suicida – isso mesmo, um esquadrão exclusivo para levar seu tripulante a explodir junto com o alvo desejado. As novas versões foram denominadas de Fieseler Fi 103R (Reichenberg).

A missão deste esquadrão era surpreender e realizar missões suicidas contra os Soviéticos, sobrevoando as pontes sobre o Rio Oder, já que havia pouco efeito visual para a aproximação. Mas este esquadrão nunca veio a realizar um ataque sequer, já que os superiores do comandante do esquadrão consideraram que era um desperdício desnecessário de vidas e recursos para tais operações.

Como curiosidade: O V-1 tinha uma forma tão suave de planeio, que os pilotos aliados utilizavam as asas de seus aviões para desviar o curso destas bombas e detoná-las em locais isolados.

Andrews Claudino