Relatório do Air France 447 é divulgado oficialmente

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Nessa quinta-feira (5), o BEA (Escritório de Investigação e Análises, em português) divulgou em Paris, o relatório final sobre a tragédia do voo 447 da Air France, que matou 228 pessoas em junho de 2009, três anos atrás. O avião caiu no Oceano Atlântico, em uma região com pouco contato via rádio e sem cobertura radar disponível, o que dificultou a demora em perceber o sumiço do avião, além de dificultar as buscas e resgate das vítimas e destroços.

O BEA divulgou no total, vinte e cinco recomendações, sendo que apenas duas delas eram para o Brasil, mas não relacionadas diretamente com o acidente. O documento aponta diretamente uma combinação de falhas técnicas e humanas, todas responsáveis pelo acidente. Até a queda do AF447, as autoridades que controlavam o Espaço Aéreo Brasileiro consideravam como “normal” as falhas frequentes nas comunicações.

O relatório final sobre a tragédia do voo AF 447, que matou 228 pessoas há 3 anos, recomenda que o Brasil melhore o sistema de controle do tráfego aéreo, para que possa permitir um melhor monitoramento do espaço aéreo brasileiro. Outra recomendação é possuir planos conjuntos com nações vizinhas, em relação a busca e resgate no mar, para grandes tragédias.  

As duas recomendações feitas ao Brasil foram postas em prática já após o acidente, pois, de acordo com o BEA, as autoridades aeronáuticas brasileiras e senegalesas, tornaram obrigatório o uso dos sistemas ADS-C e CPDLC, sobre o Oceano Atlântico. O primeiro desses sistemas, permitem o envio de informações entre o piloto e o controlador de voo em áreas sem cobertura de rádio, com trocas de dados via satélite, como atualizações meteorológicas e pequenas mensagens, sem precisar conversar com o computador. O segundo sistema é um pouco mais amplo que o anterior, permitindo também a visualização da rota percorrida pelo avião.

A ICAO (Organização Internacional de Aviação Civil) pediu que Senegal e o Brasil “acelerem” a implementação operacional total dos sistemas de controle e comunicação, que permitam a permanente e eficiente troca de informações.

Por Antonio Ribeiro
Renato Cobel
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