Em meio a tantos projetos militares, as intenções de comandar o espaço aéreo não pareciam ser o bastante: era necessário subir um pouco mais. Eis que surge o projeto do North American X-15, ou só X-15.
O X-15 está na categoria “rocket-plane” (avião foguete) operado pela USAAF e pela NASA, como parte de uma série de aeronaves experimentais dentro do programa X-Plane. Desde 1946 até 2012 foram feitos 56 projetos, sendo que quase a metade não saiu do papel.
Este projeto é de 1960, e já naquela época, o X-15 era capaz de atingir altíssimas altitudes, tendo como teto operacional a Linha de Kármán (linha que separa a atmosfera terrestre do espaço exterior), aproximadamente 100 km de altitude.
O X-15 foi equipado com o Reaction Motors Inc XLR99, um motor de foguete capaz de gerar 57.000 libras-força de empuxo. Para conseguir se manter em voo quase sem oxigênio, seu combustível teve que ser composto por amônia e oxigênio líquido para o propulsor, e peróxido de hidrogênio para acionar o turbo de alta velocidade. No entanto, este motor pode queimar quase 7 toneladas de combustível em apenas 80 segundos.
Como o X-15 é uma aeronave tripulada, ela conta com um assento ejetável, adaptado para ser acionado a uma velocidade de até Mach. 4 e/ou a 120 mil pés de altitude. Embora nunca tenha sido utilizado, acredito que, mesmo com todos os trajes especiais, o corpo não suportaria tamanha velocidade e força.
No total, três X-15 foram construídos e efetuaram 199 voos de teste, sendo o último realizado em 1968. Somente 12 pilotos de testes voaram essa aeronave. Dentre eles estava Neil Armstrong, que mais tarde se tornaria astronauta da NASA, e o primeiro homem a pisar na lua.
Em 2013, esta aeronave entrou para os registros oficiais ao atingir uma velocidade máxima de 7.247 km/h, estabelecendo o recorde mundial de maior velocidade já alcançada por uma aeronave tripulada.
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