Sucessor com potencial, se não fosse pelo fracasso

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Todos nós sabemos o sucesso que o F-5 fez, não? Ele é utilizado até hoje por alguns países, inclusive o Brasil, por ser um caça ágil, com custos de aquisição e manutenção bem baixos, além de ter facilidade de reposição de peças – mas claro que não é só por esses motivos que o Brasil possui esses F-5…

Aproveitando este projeto da década de 50 que fez tanto sucesso, e seguindo a tendência de sempre aprimorar-se conforme as gerações, a Northrop, após 45 anos, resolveu desenvolver a terceira geração deste bem sucedido caça. Surgiu assim o F-5G, em 1981.

Após o primeiro voo de teste, este projeto passou a se chamar de F-20, no intuito de concorrer no mercado internacional diretamente contra o F-16.

Seu design é semelhante ao do F-5, mas equipado somente com um motor modelo General Electric F-404 GE-100, semelhante ao utilizado no F/A-18, proporcionando um empuxo de 7600 kg, 75% maior que o General Electirc J-85 pode oferecer ao F-5, podendo ainda atingir uma velocidade de 2124 km/h.

Alguns detalhes finos no design também foram alterados, tudo a fim de melhorar seu desempenho durante voo e manobrabilidade. Em comparação ao F-5, seu nariz foi redesenhado, tomando uma forma semelhante ao nariz de um tubarão. Devido a este novo desenho, o F-20 foi apelidado de “Tigershark”. Essa mudança ocorreu para melhorar a aerodinâmica do F-20, e também para acomodar a antena de um novo e mais potente radar.

Seu projeto tinha um potencial muito grande, ainda mais por ser um aperfeiçoamento do já bem sucedido F-5. Porém, o programa foi engavetado já no final da década de 80, por falta de encomendas. A autorização da General Dynamics em exportar seus F-16, ainda por cima, acabou de vez com todas as chances do F-20.

O F-16 é uma aeronave superior, mas também mais cara. O F-20 certamente seria uma boa solução para os países que buscam caças com custos relativamente mais baixos.

Andrews Claudino