Visita ao Intrepid Museum – Nova York

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Intro: Para quem não sabe o Intrepid Museum é um museu de aviação que fica na cidade de Nova Iorque. É famoso por ser um museu dentro de um porta-aviões e por ter um Concorde em exposição. Meu nome é Luiz Eduardo Pugliese, estudante de Ciências Aeronáuticas, PP e voando atualmente em Maricá-RJ e visitei esse museu. Estou aqui para contar um pouquinho dessa grande jornada!

Dia 12 de Maio de 2012

Depois de 4 dias de frio e tempo ruim em NY, finalmente abre-se um Sol. Graças ao meu professor da faculdade, obtive esse dica de ir à esse museu. Estava com meus pais em um Albergue em Manhattan, logo pela manhã, acordamos e tomamos café. Estávamos pronto às 8 horas, porém a abertura do museu era apenas às 10h.

Fizemos um pouco de hora até dar 9h para que pudessemos sair. Como não havia absolutamente nada pra fazer, fiquei imaginando como seria lá, pois só havia visto por fotos. Fui dar uma andada pelo hostel, até que eu vejo um stand com vários cartoezinhos de promoções em lojas, restaurantes e o Intrepid Museum. Tinha um desconto de apenas 4 dólares, mas pelo menos já era alguma coisa. Já estava na hora de sair, fomos meu pai e eu. Estava vestindo minha camisa da Escola de Pilotagem de Maricá e meu casaco que comprei no site da Boeing. Estava bem no clima mesmo.

Pegamos o metrô e descemos um pouco antes da Times Square. Meu pai já tinha anotado o endereço, então estava tranquilo, porque teoricamente ele já sabia pra onde ir… Bem teoricamente… Andamos por cerca de meia hora, pois do metrô até o museu não havia condução e não queríamos pegar taxi, por que o transito de lá é que nem o de São Paulo (forcei um pouco, mas é tão intenso quanto). Chegamos até o final na 1st Ave… Mas onde raios estava o museu? Até que percebemos que havíamos ido exatamente para o lado oposto do museu!! A única coisa que faltou foi sair aquela lagrimazinha do olho… huahua Não teve jeito, pegamos um taxi e não demorou uns 10 minutos para que chegássemos lá. Saltamos do taxi e a partir dali já podia se ver o porta aviões e de quebra o SR-71 Blackbird. Dei aquela pausa clássica para a foto.

A ansiedade estava aumentando cada vez mais. Chegamos na entrada para comprar os bilhetes. O preço era: 24 dólares o adulto e 20 o senior, para o meu pai, (convertendo pra real, talvez fique um pouco salgado para um museu) isso e mais 9 dólares para um simulador de caça que eu queria ir (esse simulador simula realmente a força G). O rapaz havia me informado que se eu quisesse entra no Concorde, teria que pagar mais 20 dolares por um tour, senão era ver o bichão (não tão bichão assim, pois não é tão grande como muitos pensam) apenas do lado de fora, porém meu pai ficou de pão durisse e não quis pagar, pois ele já teve a oportunidade de entrar num Concorde… Aaa, mas isso não ia ficar assim não!! muahmuahmuah

Enfim, entramos no museu. Estávamos ainda no pier, então para subir no porta-aviões pegamos um elevador que já dava direto no deck principal.

Chegando lá foi só alegria. Não sabia pra onde olhar, não sabia o que fazer… Na verdade sabia sim, a primeira coisa que fui fazer foi tirar foto junto com o SR-71 Blackbird, sou completamente tarado por esse avião.

Depois de algumas fotos, saí dali e fui ver outros aviões e helicópteros que haviam ali, como por exemplo: F-16, F-14 Tomcat, SR-71 Blackbird, AV-8C Harrier…

Depois de tirar as fotos e ver uma bandinha tocando, meu pai quis ir na cabine de comando do porta-aviões, pegamos então outro elevador. Chegamos em um saguão imenso, na verdade não sei o que era aquilo na época em que haviam os marinheiros. Mais aviões, uma sala de cinema, onde havia um filmezinho de 5 minutos sobre o navio, uma sala especial dedicada às mulheres que eram aviadoras e atuaram no navio e na 2ª Guerra, salão dos simuladores, enfim, tanta coisa que eu iria demorar muito aqui escrevendo. Mais fotos foram tiradas.

Vi um motor a reação semi-aberto dentro de um vidro, apertávamos um botão e ele começava a girar, decidi fazer um video, até que… A câmera começa a apitar alertando sobre a bateria fraca… Como assim?????? Eu havia esquecido de carregar no dia anterior e agora minhas fotos estavam comprometidas. Sendo assim, resolvi tirar as “fotos mais importantes” digamos assim.

Depois disso fui direto para o simulador de caça, onde se simula a força G. Meu pai havia comprado a entrada para mim e para ele, pois era obrigatoria a ida de duas pessoas ao mesmo tempo, porém nos últimos minutos ele desistiu… Disse que tava muito velho e tinha medo de acontecer algo. Tive que caçar alguém para ir comigo. Perguntei para várias pessoas que estavam em volta olhando, mas ninguém quis. Até que uma corajosa SENHORA, devia ter uns 50 e poucos anos, topou ir comigo. Simplesmente sensacional o simulador, ele simula a força G mesmo, sempre você comandando, porém a brincadeira dura APENAS 3 MINUTOS.

Depois dali, fomos procurar alguma coisa para comer. Subimos para um deck aonde era o refeitório. Haviam os dormitórios da tripulação e uma lanchonetezinha e que o preço também nem irei comentar… Depois dali, subimos a escada para a cabine. Incrível como eram os aparelhos de navegação daquela época (década de 40, 50). Após ouvir um pouco das histórias dos capitães que estavam a bordo, resolvemos ir conhecer o submarino que estava incluso na entrada. Infelizmente não tirei nenhuma foto lé dentro. Quando saímos de lá, eram umas 14:30, já havíamos visto tudo, menos o Concorde. Fomos direto para lá, tiramos algumas fotos e fim… Fim?? Negativo! Roubei 25 dólares do meu pai e fui comprar o meu tour para o Concorde!

Meu pai ficou sentado numa sombrinha onde haviam umas mesinhas (essa sombrinha era de baixo dos motores).

O tour começou às 15 horas, infelizmente não lembro o nome do senhor que nos guiou, mas era muuuito gente fina. Fomos andando devagar, ele foi explicando tudo, absolutamente tudo sobre aviação e sobre o Concorde. Desde como um avião voa até o funcionamento de um motor a reação. Chegamos até o esperado momento: A entrada no Concorde. Mas antes, ele havia dito que poderíamos entrar e sentar nas poltronas, mas que não poderíamos mexer em tudo por ali, disse que já havia testado todos os cintos das poltronas e garantiu que todos estavam funcionando huahua Fui um dos últimos a sentar, consegui sentar na primeira poltrona da primeira fileira onde ninguém havia sentado.

Essa 1ª classe, era disposta assim, duas fileiras com dois bancos cada. Para a visitação, a aeronave só estava disponível até a metade, por um motivo que não me recordo agora.

O nosso guia nos explicou tudo sobre o avião, os recordes que essa aeronave (a que estávamos a bordo especificamente) quebrou, histórias etc. E por fim, a ida ao cockpit. Infelizmente não pudiamos sentar nas poltronas; para quem não sabe, essa aeronave necessitava de 3 tripulantes. Piloto, Co-piloto e o Engenheiro de Voo.

Um detalhe que achei muito curioso: Esse avião é fly-by-wire O.O.

Como a bateria da câmera já estava praticamente no fim, tirei o máximo de fotos que deu do Concorde.

Fui embora dali com a certeza de que esse dia foi o melhor dentre os 10 que passei em NY.

Fly Safe!

Luiz Eduardo Pugliese

Alexandre Sales
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